Economia

Mercado financeiro prevê inflação dentro da meta pela primeira vez em 2025

Expectativa de economistas consultados pelo Banco Central é de que IPCA encerre ano em 4,46%; semana passada, previsão apontava 4,55%

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Banco Central | Divulgação/Agência Brasil
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Os agentes financeiros veem agora a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro da banda superior da meta perseguida pelo Banco Central (BC), mostrou nesta segunda-feira (17) pesquisa Focus realizada pela autoridade monetária brasileira junto a uma centena de economistas.

A expectativa dos agentes agora é de que o IPCA encerre 2025 em alta de 4,46%, ante cálculo uma semana atrás de 4,55%. A meta de inflação buscada pelo BC é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Já para 2026, os agentes mantiveram as estimativas de que o IPCA encerre em alta de 4,20%.

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Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o IPCA de outubro desacelerou mais que o esperado, subindo 0,09%, na menor alta para o mês desde 1998. No acumulado de 12 meses até outubro, o IPCA teve alta de 4,68% – ainda acima do intervalo da meta do Banco Central. O dado de outubro veio abaixo do estimado por analistas em pesquisa da Reuters de alta de 0,16% em outubro e de 4,75% em 12 meses.

O Focus mostrou ainda estabilidade no cálculo dos economistas para a maioria dos demais principais indicadores da economia brasileira, com um pequeno ajuste nas contas para a cotação do dólar ao final deste ano, agora em R$ 5,40, ante R$ 5,41 na semana anterior. Para o final de 2026, os agentes mantiveram a estimativa de dólar a R$ 5,50.

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Foram mantidas ainda as projeções para a taxa básica de juros Selic para este ano e o próximo – em 15% e 12,25% respectivamente – após, na semana passada, na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na qual decidiu-se manter a Selic em 15%, o colegiado ter dito que já tem maior convicção de que uma manutenção da taxa Selic em 15% ao ano por período bastante prolongado levará ao cumprimento da meta de 3%.

O Focus mostrou ainda manutenção nas contas do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 20252,16% – e para 2026 – 1,78%.

(Por Eduardo Simões)

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