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Economia

Balança Comercial fecha 2023 com recorde histórico: superávit de US$ 98,8 bilhões

Entrada de moeda estrangeira equilibra as contas com o exterior, aumenta as reservas internacionais e deixa o dólar mais barato

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A balança comercial brasileira teve superávit (saldo positivo) recorde em 2023: foram US$ 98,8 bilhões, resultado cerca de 60% maior do que no ano inteiro de 2022. É ainda o maior número em mais de 30 anos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (05.jan) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

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Apenas no mês de dezembro passado, o saldo positivo (exportações menos importações) foi de US$ 9,4 bilhões - sempre que há superávits assim o resultado é favorável ao Brasil: é como entender que entrou mais moeda estrangeira no Brasil do que saiu em direção ao exterior, a partir das compras e vendas do país com o mercado internacional.

O superávit do ano passado é resultado de exportações totais de US$ 339,7 bilhões que, isoladamente, também registraram recorde histórico. A favor ainda, a queda nas importações, que marcaram US$ 240,8 bilhões no ano.

Outros fatores de influência sobre o resultado

  • O número de empresas exportadoras cresceu 2% em 2023, chegando a 28,5 mil empresas, número também recorde
  • O principal destino dos produtos brasileiros em 2023 foi a China. As exportações para o gigante asiático alcançaram US$ 105,75 bilhões – aumento de 16,5% sobre 2022
  • As exportações para a Argentina aumentaram 8,9% em relação a 2022, totalizando US$ 16,72 bi. Para dois outros parceiros de grande porte, EUA e União Europeia, houve queda de 1,5% e 9,1%, respectivamente.

O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, comemorou os resultados: “O comércio exterior é fundamental para a economia, para o emprego, para a renda, para o desenvolvimento brasileiro”.

Efeitos

A entrada de moeda estrangeira no país ajuda a equilibrar as contas externas ( todas as trocas que o Brasil tem com o exterior), aumenta as reservas internacionais ( a garantia que o país tem, em moeda estrangeira, para qualquer crise internacional) e valoriza o real. Quer dizer, maior oferta de dólares no país faz o dólar custar menos. Não apenas pra dar aquele 'empurrãozão' pra quem está planejando uma escapada para a Disney, por exemplo, o dólar que permanece mais "barato" em relação à moeda brasileira por mais tempo é também um atestado da força da economia brasileira. A conferir.

“Esse superávit expressivo contribui para as contas externas e para aumentar a oferta de dólares na economia e manter o real forte em relação à moeda americana. Isso contribui para conter pressões inflacionárias, para melhorar o poder de compra dos consumidores, e contribui para nossas reservas internacionais. E isso aumenta a confiança na economia”, diz a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres

Setores responsáveis

A agropecuária em alta de 9%, a indústria extrativa com mais 3,5% jogaram favoravelmente ao resultado positivo. As vendas da indústria de transformação (fábricas) tiveram queda de 2,3%.

Quanto às importações, houve queda nos três setores, sendo 21% na agropecuária, 27% na indústria extrativa e 10% na indústria de transformação.

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