Às vésperas do Natal, intenção de consumo diminui pela primeira vez em dois anos
Renda extra gerada pelo 13º salário impulsionou timidamente a percepção de compras
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou redução de 0,7% em dezembro. Este é o primeiro resultado negativo desde dezembro de 2021. Mesmo com a queda, o índice permaneceu na zona de satisfação, aos 105,2 pontos.
Na variação anual, a ICF teve crescimento de 15,3%, uma redução em relação à taxa de novembro, que foi de 17,9%. O desaquecimento da intenção de consumir é evidenciado pelo recuo em todos os subindicadores analisados, como emprego, renda e perspectiva de consumo, e sinaliza maior cautela dos consumidores na reta final do ano.
Segundo a CNC, a renda extra gerada pelo 13º e pelas contratações temporárias no período de festas impulsionou timidamente a percepção dos consumidores sobre a própria renda, com crescimento mensal de 0,1%, o menor desde dezembro de 2021. No que diz respeito às perspectivas de consumo, houve queda de 1,9% no índice.
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“A maior parte (60,6%) dos consumidores ainda acredita ser um mau momento para compras desses bens. No entanto, a parcela que acredita ser um bom momento (32,3%) vem aumentando desde maio deste ano e alcançou o maior percentual desde março de 2020 em dezembro. O indicador apresentou maior queda entre as famílias de menor renda (-2,4%)”, disse a confederação.