Arrecadação federal bate recorde histórico com alta real de 6,67% em janeiro
Segundo dados apresentados pela receita, impostos somaram R$ 281 bilhões; meta de Fernando Haddad é zerar o déficit em 2024
Segundo informou nesta quinta-feira (22) a Receita Federal do Brasil (RFB), a arrecadação total da federação com impostos foi de R$281 bilhões em janeiro (alta de 6,67% em comparação com o ano de 2023). A arrecadação nunca havia sido tão alta, representando recorde na série histórica – desde 1995.
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Segundo o próprio documento apresentado, “os principais fatores que, em conjunto, contribuíram para esse resultado” foram os seguintes desempenhos (em comparação com o mesmo período do ano passado):
- da arrecadação da Cofins/Pis-Pasep (alta de 14,37%) em função da retomada parcial da tributação sobre combustíveis;
- da arrecadação da Contribuição Previdenciária, com crescimento real de 7,58% e do IRRF-Trabalho, com 8,74%, ambos decorrentes do aumento real da massa salarial;
- da arrecadação do IRRF-Capital (24,41%), em função do aumento da arrecadação proveniente da tributação de fundos exclusivos;
- das importações em alta de 6,81% e do IPI-Vinculado (2%), decorrentes do crescimento “de 1,71% no valor em dólar (volume) das importações, de 18,17% na alíquota média efetiva do imposto de Importação e de 5,00% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado, combinados com a redução de 5,50% na taxa média de câmbio”.
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Meta de Haddad
Os números da arrecadação são os principais indicadores almejados por Fernando Haddad (Fazenda), que pretende zerar o rombo nas contas públicas em 2024. Meta consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano.
Em 2023, o governo federal apresentou déficit primário de R$ 230,5 bilhões, o segundo pior resultado da série fiscal iniciada em 1997.