Brasil e Suécia "vão trabalhar em conjunto pela economia verde", diz CNI
Fórum econômico entre os dois países destaca que 63% das 50 maiores empresas suecas querem investir mais no país
Guto Abranches
Empresas brasileiras e suecas querem investir conjuntamente para ampliar os negócios e a cooperação bilateral. O foco é aumentar a atividade da indústria em face ao avanço da digitalização e da economia em processo de descarbonização. "Vamos contribuir para a construção de um futuro mais produtivo e sustentável para os nossos países", disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Ricardo Alban. Ele esteve à frente do 4º Forum Empresarial Brasil-Suécia, organizado pela CNI em parceria com a Business Sweden. Transição energética, transformação ecológica, digitalização, indústria 4.0 e soluções de financiamento sustentável estão entre os processos de interesse de ambos os países.
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O encontro foi realizado nesta 4ª feira (22.nov) em Sao Paulo. Entre as empresas representadas, algumas das marcas conhecidas do consumidor e do meio empresarial brasileiro: Saab, Ericsson, SKF, Scania, Astrazeneca, Electrolux, Atlas Copco, Epiroc, Hoganas, Volvo Group, Stora Enso, Autoliv, SEB e AFRY.
"Podemos unir esforços e trabalhar em uma agenda comum para promover a economia verde, área em que ambas nações têm enorme potencial", comentou. Pela primeira vez, desde 2015, ano de fundação do fórum, empresários dos dois países vão elaborar um documento de posição conjunta sobre temas prioritários para a melhoria do ambiente de negócios entre os países.
Corrente comercial
A Suécia é um dos 20 principais investidores diretos no Brasil. Entre 2010 e 2022, empresas suecas anunciaram investimentos de US$ 1,683 bilhão no país. O fluxo comercial em 2022 ficou próximo a US$ 3 bilhões. De acordo com o Business Sweden, atualmente, há 150 empresas suecas instaladas no Brasil, com 45 mil empregos diretos. E um estudo recente da Business Climate Survey 2023 mostrou que, das 50 maiores empresas suecas no Brasil, 63% planejam aumentar os investimentos no país no próximo ano
Blocos
O presidente da FAM AB, Hakan Buskhe, falou dos esforços que o Brasil e a Suécia vêm fazendo para aprovar o Acordo entre Mercosul e União Europeia. "O Brasil já é o terceiro país mais importante para os investimentos suecos. Penso que o acordo sendo assinado teremos ainda mais oportunidades para desenvolver o comércio entre os dois países e a crescente transferência de tecnologia", assinalou ele.
"O acordo Mercosul-União Europeia é uma oportunidade ímpar para criarmos um ciclo virtuoso de ampliação do comércio, dos investimentos e do emprego nos dois blocos econômicos", afirmou Ricardo Alban.
Abaixo algumas das características do acordo Mercosul e União Européia que estão em jogo.
- 70% das empresas brasileiras ouvidas querem fazer negócios com a Suécia
- 41% são empresas de médio porte, 37% de pequeno porte e 22% de grande porte
- Prioridades: a promoção comercial (80%) e a facilitação da logística do comércio exterior (57%)
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