Número de greves caiu 18% no primeiro semestre do ano, diz Dieese
Reivindicação por reajuste salarial e pagamento do piso estão entre principais mobilizações
O número de greves realizadas no Brasil caiu 18% no primeiro semestre do ano, quando comparado ao mesmo período de 2022. Segundo balanço do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no período, foram contabilizadas 558 mobilizações nas esferas público e privado, ante 679 no ano passado.
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Ao todo, foram cerca de 20 mil horas de paralisação. O funcionalismo público promoveu mais da metade (58%) dessas mobilizações, com 323 greves, respondendo por 65% das horas paradas. As empresas privadas, por sua vez, foram responsáveis por 209 greves, enquanto as estatais registraram 16 paralisações e as companhias público-privada, 10.
A reivindicação por questões salariais segue sendo o principal motivo para a convocação de greves no Brasil. Conforme os dados, o pedido de reajuste salarial foi motivo de 42% das mobilizações, seguido pelo pagamento do piso (33%). Itens relacionados às condições de trabalho (22%) e ao pagamento de salários em atraso (20%) vieram em seguida.
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"As greves do primeiro semestre de 2023 poderiam ser descritas, sucessivamente, em três momentos: inicialmente, na esfera privada, pelo pagamento de salários em atraso; depois, entre profissionais docentes do funcionalismo público, pelo pagamento do reajuste do piso salarial; e, por fim, entre o funcionalismo público, em sentido amplo, pelo pagamento de reajustes salariais com reposição da inflação acumulada", resumiu o Dieese.