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Economia

Crédito rotativo: discussão deveria ser sobre reduzir juro, diz especialista

Economista faz coro à preocupação de Haddad, de que fim da modalidade possa prejudicar o comércio

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Cartões de crédito
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária estuda o fim do crédito rotativo, aquele usado para parcelamento de compras no cartão de crédito. Em participação no programa Poder Expresso, do SBT News, o economista Newton Marques, porém, defendeu que a discussão não deveria girar sobre o fim da modalidade, mas, sim, sobre a redução dos juros -- hoje em 437,3% ao ano --, classificados por ele como "proibitivos".

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"Nessas discussões, ninguém falou em reduzir o juro, que é um juro proibitivo [...] Aí fica aquela história: 'a inadimplência é elevada por que o juro é elevado ou o juro é elevado por que a inadimplência é elevada, quem é que veio primeiro?'", apontou o especialista.

Marques também fez coro às preocupações levantadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o fim da modalidade possa prejudicar o comércio varejista. "Como ficariam essas compras daqui para frente caso o rotativo venha mesmo a acabar? Seria prejudicado? Qual seria a alternativa? O banco iria oferecer crédito? As pessoas deixariam de comprar? Porque, quando as pessoas compram no cartão, parcelado, é porque elas não têm o dinheiro para comprar à vista. Então elas parcelam para procurar o rotativo, para pagar uma parte e rolar para o próximo mês a outra parte", disse.

Assista à íntegra da entrevista (a partir de 32min14seg):

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