Mercado financeiro vai da euforia à queda no pós-Copom
O Ibovespa oscilou ao longo do dia: realização de lucros e exterior negativo pesaram para baixa de - 0,23%
O mercado financeiro nacional até deu mostras do que chegou a ser chamado de "euforia" do pós-Copom: uma alta importante depois do corte de juros pelo Banco Central. O pregão chegou aos 122.619, alta de quase 1,5%. Mas na ponta final dos negócios não houve sustentação, e o Ibovespa marcou queda de 0,23% até os 120.585 pontos, com giro financeiro de R$ 27 bilhões.
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Analistas e investidores apontam um movimento de realização de lucros depois de verem confirmadas as apostas de corte da Selic: aproximadamente metade das opiniões apontava para um corte na proporção do 0,5 ponto percentual que veio.
Comunicado
No texto formal apresentado pelo Copom após a decisão, um cenário inflacionário combinado a uma taxa de juros "adequada" para a continuidade do processo de desinflação agradou o mercado. E mais: a postura do Comitê de sinalizar com futuras - e próximas - reduções da taxa referencial na mesma magnitude da praticada na 4ª feira (2.ago), fez ceder as curvas de juros no prazo curto. A aferir se as altas previstas no longo prazo vão se traduzir em cifras menos auspiciosas. Pelo sim pelo não, dinheiro na mão, dizem os investidores.
O cenário político a encaminhar a reforma tributária e a aprovação do arcabouço fiscal inspira algum cuidado, mas praticamente não há quem duvide do melhor andamento dos dois processos.
Exterior
Uma maior apreensão das principais economias quanto a uma retração global puxou as principais bolsas para baixo, no cenário internacional. Confira os fechamentos em Wall Street:
- Dow Jones: 35.215,10 (-0,19%)
- S&P 500: -0,30%
- Nasdaq: -0,10%
Na gangorra cambial, o dólar fechou em alta forte versus o real: + 2,21% cotado para venda a R$ 4,91.
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