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Economia

Maioria das empresas não faz gestão de risco, contam consultores em negócios

Empresários teriam receio de expor possíveis problemas. Mas, na realidade ESG, transparência conta mais

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Foco ESG
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"Toda atuação empresarial vai gerar um risco", afirma Marcela Greggo, coordenadora de Integridade do Instituto Ethos. Em seguida, ela se corrige: 
"Geralmente, centenas de riscos". Em concordância está Marcelo Ikaro, gerente associado da Peers, uma consultoria de negócios. Os dois alertam para o fato de que, mesmo com tantos possíveis problemas, a maioria das empresas não executa a gestão de riscos.

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A não ser quando se analisam empresas com faturamente maior que R$ 1 bilhão. Entre essas, 80% o fazem, conforme o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Já entre as empresas que faturam até R$ 20 milhões, 41,2% delas. No atual mundo dos negócios, com influência do ESG (impactos no meio ambiente, na sociedade e na governança), a falta de gestão de risco é ainda mais grave. A carência de informação caracteriza falta de transparência, que gera deconfiança e descrédito com o setor no qual faz parte e com os clientes.

Mas, que falta de transparência é essa? Com qual tipo de conteúdo? Como o próprio nome diz -- mas ainda assim poucos entendem, significa administrar o que possivelmente dará errado e gerará prejuízo. Pode ser a situação mais comum, um acidente com um colaborador, ou a mais burocrática, como adequação a uma nova lei que, se não cumprida, geraria uma multa. "Um exemplo prático: na pandemia. Empresas que dependiam de chips e condutores, ficaram sem. A não ser aquelas que se prepararam, tinham um plano e agiram rápido para conseguir outros fornecedores", lembra Marcelo. "Ou seja, mitigação de risco, que só é possível quando você conhece ele".

Marcela explica que a gestão de risco tem, ao menos, três fases. A 1ª é a "identificação", a 2ª é a "adaptação" e a 3ª é a "mensuração". Tudo deve estar em um relatório -- jamais concluído, sempre em atualização. Quanto mais claro e objetivo o problema e a possível solução, melhor para o próprio gestor e para aqueles que investem no negócio dele. Tendo em vista que, atualmente, reputação importa mais do que em qualquer outra época -- o que gera um paradoxo para os empresários: se preciso ser bem visto, como vou apresentar o que pode dar errado em meu negócio?

"O relatório vai, sim, mostrar os problemas. Mas vai também apresentar um plano para melhorar ou solucionar. Esse compromisso já vale. A empresa não precisa ser perfeita. Aliás, provavelmente, nunca será", reflete Marcela. "Assim como as concorrentes também não, então, pode fazer a gestão de risco sem medo. Tem que ter medo se não fizer", finaliza.

Se você quer saber mais sobre o tema, assista ao episódio 27 do videocast Foco ESG:

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