FMI projeta crescimento de 2,1% para economia brasileira este ano
Cálculo é quase o dobro do estimado anteriormente; média dos países emergentes prevê crescer 4%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano: em lugar da estimativa anterior de 1,2% de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país, o cálculo é agora de alta de 2,1%. O resultado consta do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), desta 3ª feira (25.jul).
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A melhora na expectativa do FMI leva em conta o avanço do primeiro trimestre, que surpreendeu em alta de 1,9%, puxado fortemente pelo setor do agronegócio.
"A revisão para cima para 2023 reflete um crescimento mais forte do que o esperado no Brasil dado o aumento da produção agrícola no primeiro trimestre de 2023, com repercussões positivas na atividade de serviços" - Fundo Monetário Internacional
Positivo mas nem tanto
Se confirmada a margem de crescimento, o país terá desempenho bastante inferior aos de economias em desenvolvimento, que projetam alta de 4% em média neste ano. A Índia terá, segundo o Fundo, o crescimento mais significativo: 6,1% este ano, e 7,2% no ano que vem. Os Estados Unidos devem crescer 1,8% em 2023. A Alemanhã tem previsão de evolução negativa de - 0,3% este ano. Veja países mais bem posicionados no ranking elaborado pelo FMI.
Para o ano que vem a previsão de crescimento do Brasil é de 1,2%, abaixo dos 1,4% calculados pelo Fundo em maio. O país impulsiona a projeção para América Latina e Caribe, que têm estimativa de crescimento 1,9% regional em 2023.
Mundo maior
Em relação à economia global, o crescimento diminuirá dos 3,5% do ano passado para 3% neste ano e no próximo, uma atualização de 0,2 pontos percentuais para 2023 em relação às projeções de abril feitas pelo FMI. A inflação global deverá cair de 8,7% no ano passado para 6,8% este ano, uma revisão para baixo de 0,2 ponto percentual e 5,2% em 2024.
"A desaceleração está concentrada nas economias avançadas, onde o crescimento cairá de 2,7% em 2022 para 1,5% este ano e permanecerá moderado em 1,4% no ano que vem. A zona do euro, ainda se recuperando do forte aumento do preço do gás causado pela guerra no ano passado, deve desacelerar acentuadamente. Por outro lado, o crescimento nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento ainda deve aumentar, com o crescimento ano a ano acelerando de 3,1% em 2022 para 4,1% neste ano e no próximo" - Fundo Monetário Internacional
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