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Economia

Ciclone causa prejuízo de quase R$ 150 milhões na agricultura do RS

Mais de oito mil propriedades sofreram danos nas lavouras e na infraestrutura com a tempestade no Estado

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O ciclone extratropical, que devastou cidades no Rio Grande do Sul e deixou 16 mortos, trouxe prejuízos para a economia do Estado. Na agricultura, as perdas foram estimadas em R$ 149.023.953,16, segundo levantamento da Emater. A cidade de Caraá foi uma das mais atingidas, com R$ 16.359.500.00 de danos nas plantações de hortaliças, milho e fumo. Ao todo, 8.115 propriedades sofreram com a tempestade.

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Na propriedade do agricultor Adão Dias fica difícil acreditar que havia um viveiro de mudas de fumo. A enxurrada deixou R$ 100 mil reais de prejuízo, quando arrastou plantas e insumos.

"A gente ficou em pânico. Achamos que ia terminar tudo.", lamenta.

Na cidade de Caraá, Cid Amaral tem uma produção de morangos. Por lá, todos os esforços foram para reorganizar as estufas onde dez mil pés eram cultivados. "A gente limpou os galpões que ficaram tudo com terra, água e barro dentro. Muito lixo. Muita coisa perdida."

A força da água foi tão devastadora que algumas áreas não podem mais ser usadas para cultivar alimentos. Segundo o Secretário de Agricultura de Caraá, Vinícius Teixeira, levará um tempo enorme para recuperação. "Deve ter perdido uma camada de 20 centímetros de solo fértil. Tem que ter todo um preparo para a terra volte a ser produtiva como era antes."

E quem conseguiu salvar a produção enfrenta problemas para escoar a safra porque quatro mil quilômetros de estradas não pavimentadas foram afetados. Isso já influenciou nos preços na Ceasa em Porto Alegre.

Pelo menos 17 alimentos sofreram reajustes. As maiores altas foram na couve (67%) e no repolho verde (33%). "No momento que o produtor não consegue trazer produtos para vender, dentro da lei da oferta e da procura, a tendência é uma subida de preços", explica o gerente técnico da Ceasa, Claiton Colvelo.

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