FMI concorda em adiar pagamento da dívida da Argentina
Nesta 6ª (23.jun) venceriam US$ 2,7 bilhões; presidentes latino-americanos assinaram carta de apoio
A Argentina ganhou fôlego por uma semana para quitar a parcela da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que venceria nesta 6ª ( 23.jun). O novo prazo para quitação do compromisso é dia 30 de junho.
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Pelo acordo firmado com o FMI, os hermanos teriam de pagar agora US$ 2,7 bilhões. O governo em Buenos Aires solicitou ao Fundo o adiamento, em carta enviada à direção da instituição. O documento recebeu assinaturas dos presidentes da Colômbia, Bolívia, do Chile, do México, Paraguai e Brasil. A Argentina também busca o apoio do presidente americano, Joe Biden, por uma intercessão junto ao FMI em busca de solução para a crise da dívida.
Motivos
De acordo com os argumentos do país vizinho, a economia encontra-se em estágio de excesso de dívida: a justificativa seria o crédito ao redor de US$ 47 bilhões recebido pelo antigo governo, encabeçado por Maurício Macri, e que teria sido superestimado em 1.000%. A Casa Rosada - sede do governo argentino - diz ainda que o país tem se empenhado em encontrar soluções para os graves problemas nacionais.
Nó
A Argentina é dona da 2ª maior economia do continente sulamericano, e vive a pior crise econômica desde 2018: tem uma das maiores taxas de inflação do mundo, e um déficit comercial de US$ 1,2 bilhão. É um cenário que o próprio Fundo classifica como "desafiador".
Em meio a negociações com o FMI que vem desde março deste ano, o país firmou os seguintes compromissos:
- Deficit fiscal primário de 1,9% do PIB em 2023 por meio de controle de gastos;
- Taxas de juros reais positivas;
- Gestão da dívida interna.
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