Mercado financeiro amarga quedas no dia seguinte ao Copom
Ibovespa cai 1,23% em repercussão aos juros que ficaram inalterados; papéis da Petrobras ajudam na baixa
A comunicação do Copom depois da reunião que manteve os juros em 13,75% ao ano não agradou ao mercado financeiro. Muito pelo contrário. Com a bolsa em atividade no dia seguinte à decisão de não mexer na Selic, os investidores amargaram um fator a mais na influência negativa: não houve sinalização de cortes dos juros nas próximas reuniões. Este é o ponto.
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A argumentação da diretoria do BC foi considerada dura pelo mercado. Hawkish no jargão dos profissionais. Ao falar em permanência da taxa em níveis altos por mais tempo, e mencionar os termos paciência e serenidade, sugeriu que, por ora, a porta para os juros menores não foi aberta. Em Paris, onde acompanha agenda oficial do presidente Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou o comunicado como "muito ruim, como de hábito". Ele até traduziu um pouco do que é discussão corrente entre os analistas e investidores ao falar que "às vezes [o Copom] até corrige na Ata, mas não resolve a situação".
Foi por isso que o Ibovespa caiu 1,23%, até os 118.934 pontos. E do cenário externo, mais precisamente do mercado de petróleo, o empurrão - pra baixo - que faltava para puxar os papéis da Petrobras. PETR4 (Petrobras PN) caiu 1,26%; PETR3 (Petrobras ON) em baixa de 1,65%.
No mercado de câmbio o dólar subiu 0,12% para ser cotado a R$ 4,77.
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