Bolsa sustenta patamar de 117 mil pontos, maior nível do ano
Já são sete pregões consecutivos de ganhos no mercado nacional; o dólar desce para R$ 4,86

Guto Abranches
Em flerte firme com a marca dos 117 mil pontos, o Ibovespa conseguiu segurar o enlace do mercado financeiro com o desempenho positivo de seu principal índice nesta 2ª (12.jun). O namoro já com cara de compromisso mais sério - não sem aquelas idas e vindas típicas de relacionamentos que vão se tornando mais longos - permitiu ao mercado financeiro atuar para manter a bolsa em: 1) evolução positiva no fechamento dos negócios e 2) sustentar a relação: nada de se divorciar da marca mais alta do ano, e cerca de 21% acima da mínima de 2023 (96.997 pontos). Ao fechar, a Bolsa marcou alta de 0,27% aos 117.336 pontos, com giro financeiro de R$ 28,6 bilhões. Sete sessões seguidas no azul.
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Em boa medida o pregão em São Paulo conseguiu vencer a queda de braço com os papéis de commodities, muito pressionados por uma expectativa de recessão mundial, o que reduz preços de petróleo, minério e afins. Ainda sob o signo do cenário externo, no entanto, o Ibovespa guardou seu olhar 43 para as bolsas em Wall Street.
Por lá, o suspiro mais profundo dos investidores está guardado para a decisão do Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) que, na quarta-feira, decide pra onde vai a taxa de juros do país. O mercado arrasta uma asinha para a manutenção dos juros no mesmo patamar em que se encontram hoje - entre 5,00% e 5,25% ao ano): seria aquele "tempo pra pensar " se a taxa segue assim por enquanto ou se deixa o coração aberto para novas altas na virada para o segundo semestre. Pelo sim pelo não, os principais índices em Nova York fecharam de mãos dadas com os ganhos.
- Dow Jones: + 0,56% aos 34.067 pontos
- S&P 500: + 0,94% aos 4.339 pontos
- Nasdaq: + 1,53% aos 13.461 pontos
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Dentro do cenário nacional as projeções do boletim Focus do BC, revisando pela quarta vez e para baixo os números para a inflação, e voltando a ampliar a expectativa para o crescimento da economia neste ano, deram ânimo aos investimentos. Tanto que os papéis da Petrobras, ainda que com o cenário externo puxando pra baixo as ações e o comportamento das companhias petroleiras, conseguiu separar as coisas e subir: Petrobras PN ( PETR4) em alta de 1,75%. Petrobras ON (PETR3) + 1,27%.
No câmbio, a moeda americana voltou a perder para o real. Dólar em queda de 0,20% cotado para venda a R$ 4,86 - nova marca mínima de 2023.
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