Preços da indústria caem 0,35% em abril: terceira queda seguida
Áreas de extração e transformação tiveram maior queda em 12 meses na história: 4,63%
Em abril de 2023, os preços das indústrias de extração e transformação variaram -0,35% frente a março, terceiro resultado negativo consecutivo.
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No ano, o indicador acumula queda de 0,99%, o segundo menor para um mês de abril desde o início da série histórica, em 2014. O acumulado em 12 meses ficou em -4,63%, a maior queda da série histórica para esse indicador.
Setores de atividade
Doze das 24 atividades industriais tiveram queda de preços. As quatro variações mais intensas foram: farmacêutica (3,97%); papel e celulose (-3,57%); madeira (-3,19%); e outros produtos químicos (-2,61%). Outros produtos químicos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação mensal. A atividade foi responsável por -0,22 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -0,35% da indústria geral.
Também contribuíram os setores de refino de petróleo e biocombustíveis, com -0,18 p.p. de influência, papel e celulose (-0,11 p.p.) e farmacêutica (0,10 p.p.).
No ano
O acumulado em 2023, considerado o resultado de abril, chega a queda de 0,99% ( em março fora de 0,64%). O resultado de 2023 é o segundo menor valor já registrado para um mês de abril desde o início da série histórica, em 2014.
Também desde janeiro, as maiores variações foram em indústrias extrativas (15,59%), papel e celulose (-9,89%), refino de petróleo e biocombustíveis (-8,57%) e bebidas (7,51%). As principais influências foram registradas em refino de petróleo e biocombustíveis: -1,03 p.p., indústrias extrativas: 0,68 p.p., outros produtos químicos: -0,64 p.p. e papel e celulose: -0,34 p.p.
Ano a ano
O acumulado em 12 meses bate a maior queda na série histórica do indicador: -4,63%. E há destaques significativos entre os componentes nesse recorte:
- - Outros produtos químicos: - 25,22%
- - Refinode petróleo e biocombustíveis: - 17,41%
- - Fumo: 17,22%
- - Bebidas: 14,28%
Veja a composição completa entre os principais fatores de influência:
Indústrias extrativas: Pelo quarto mês consecutivo, os preços do setor tiveram variação positiva (1,70%). Com isso, o acumulado no ano foi a 15,59% e o de 12 meses a -8,39%. Neste último indicador, as variações são negativas desde junho de 2022 (-10,13%).
Considerando todas as atividades industriais, o setor teve a maior variação na comparação de abril de 2023 contra dezembro de 2022. O setor foi a segunda influência no acumulado no ano (0,68 p.p., em -0,99%) e a quarta no acumulado em 12 meses (-0,44 p.p., em -4,63%).
Alimentos: Na comparação mensal, os preços do setor variaram, em média, 0,33%. Com esse resultado, o acumulado no ano chegou a -0,29% e, em 12 meses, a -0,75%, primeiro resultado negativo nesta comparação desde julho de 2019 (-0,73%).
Veículos automotores: A variação mensal de 0,16% foi a 34º alta consecutiva neste indicador, acumulando, no período, alta de 36,31%. O setor tem sido impactado por aumentos de custos, em especial de insumos eletrônicos, por conta da crise de semicondutores. O acumulado do ano chegou a 1,29% e o acumulado em 12 meses (6,08%) teve seu menor resultado desde abril de 2020 (5,88%). A atividade de veículos automotores se destacou por possuir o quarto maior peso atual no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 7,34%.
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