Índice de Confiança do Empresário do Comércio cai 1,4% em fevereiro
Icec ficou em 115,4 pontos, o menor patamar desde agosto de 2021
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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 1,4% em fevereiro -- em comparação com o registrado em janeiro --, indo a 115,4 pontos, o menor patamar desde agosto de 2021. Foi o terceiro mês consecutivo de queda no Icec. Os dados foram divulgados nesta 4ª feira (1º.mar) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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Em comparação com fevereiro de 2022, o índice caiu 3,3% no segundo mês de 2023. O Icec é um indicador antecedente pesquisado mensalmente pela CNC, com os tomadores de decisão das empresas do varejo. "O objetivo é detectar as tendências das ações empresariais do setor, levando em conta as avaliações das condições correntes e expectativas para seis meses à frente. A amostra é composta por aproximadamente 6 mil empresas situadas em todas as capitais do país, e os índices apresentam dispersões entre zero e 200 pontos, sendo 100 o nível base de satisfação", complementa a entidade.
O Icec é construído a partir de nove questões: três compõem o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), três, o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC), e as restantes, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC).
O Icaec caiu 2,8% em fevereiro, ante o registrado em janeiro, indo a 93,3 pontos. O IEEC, 0,2%, ficando em 136,5. E o IIEC, 1,5%, indo a 104,4 pontos - menor patamar desde setembro de 2021. Abaixo de 100, é a zona de insatisfação ou pessimismo. A queda no Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio foi motivada por reduções de 5,1% na satisfação com a economia, 3,6% na com o setor e 1% na com a própria empresa. "Pela primeira vez desde maio de 2022, a maioria dos varejistas (50,6%) considera que o desempenho da economia está pior do que no mesmo período do ano passado", fala a CNC.
De acordo com o presidente da confederação, José Roberto Tadros, aponta a desaceleração da atividade econômica e das vendas do varejo, a inflação fora da meta, juros elevados e perda do fôlego nas contratações formais de trabalhadores como os fatores que influenciaram os resultados dos componentes do Icaec em fevereiro. "Dos comerciantes entrevistados, 44,5% consideram que as vendas e as condições para operação pioraram. Essa proporção vem aumentando desde novembro - período do ano considerado como o melhor momento sazonal para o varejo", pontua a CNC.
Dentre os varejistas entrevistados, 37,5% disseram que pretendem reduzir a contratação de funcionários em 2023. É o maior percentual desde junho de 2021. Segundo a confederação, "a piora na avaliação das condições presentes e nas expectativas para o curto prazo estão levando os comerciantes de pequeno, médio e grande portes a redimensionarem os planos de ampliação do quadro de funcionários e outros investimentos".
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