PCE nos EUA acelera e aumenta apostas de novas altas dos juros
Núcleo da inflação medida por índice de preços de gastos com consumo acelera; indicador anual vai a 4,7%
Guto Abranches
A inflação nos Estados Unidos (EUA) em janeiro, medida pelo índice de preços do consumo pessoal (PCE , na sigla em inglês), surpreendeu vindo mais forte do que o projetado: descontadas as variações com energia e alimentos, consideradas mais voláteis, o núcleo do indicador avançou 0,6%, acima das projeções de mercado e do resultado de dezembro, ambos de 0,4%. Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (24.fev) pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
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Na apuração anual, o núcleo destes preços acumulou 4,7%, acima da prévia de 4,6%. A inflação no índice cheio (que inclui o núcleo) estocada nos últimos doze meses bate os 5,4%, acima da estimativa prévia de 5,3% para o período. O PCE é o índice mais observado pela Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve ( Banco Central dos Estados Unidos) para definir as taxas de juros do país. A próxima reunião acontece nos dias 21 e 22 de março, mesmas datas para o encontro do Copom no Brasil.
70% dos economistas e consultores americanos apostam em novas altas de 0,25 ponto percentual, assim como na reunião dos dias 02 e 03 de maio. Se concretizadas, as taxas de juros de referência nos EUA vão se acomodar no intervalo entre 5,25% e 5,50%, sem no entanto estarem descartados novos aumentos a médio prazo. A política monetária americana tem como alvo retornar a inflação para a casa de 2% ao ano.
Com a divulgação destes dados as bolsas americanas passaram a maior parte do dia desta sexta-feira em queda. Às 16h o Dow Jones operava em queda de 1,11%; Nasdaq - 1,26% e S&P 500 em - 1,93%.
*Em atualização.
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