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Economia

Minha Casa Minha Vida: incorporadoras apostam em 650 mil moradias em 1 ano

Para entidade do setor, programa ajuda a solucionar déficit habitacional de quase 8 milhões de moradias

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Um dia depois da retomada oficial do programa de moradia social Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, o presidente da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, afirmou nesta 4ª feira (15.fev) que se somadas todas as faixas do programa habitacional, a expectativa do setor é de entrega de 650 mil moradias nos próximos 12 meses. "Isso é um número bastante expressivo, bastante importante e que seria um recorde no Brasil, a construção desse volume de moradias", disse em entrevista ao programa Poder Expresso, no SBT News

França falou da expectativa das 65 incorporadoras que integram a Abrainc e fez projeções sobre o aquecimento da economia. "Os recursos do Minha Casa Minha Vida (MCMV), eles podem gerar na ordem de 2 a 5 milhões de empregos anuais e em termos de tributos na ordem de 30 bilhões de reais. Quando você entrega moradias novas, você está movimentando a economia, crescendo empregos, crescendo tributos, o que é muito importante para o crescimento desse país", destacou o presidente.

Luiz França ressaltou que o setor de construção é responsável por 10% dos empregos no país e 7% do PIB brasileiro. Também apostou no programa para tentar solucionar o déficit habitacional no país que, segundo a entidade, com base em levantamento encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FVG), chega a quase 8 milhões de moradias. 

"Vai combater o déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias. 80% deve estar na faixa das pessoas de baixa renda. Além disso, não podemos esquecer que temos formações de novas famílias e novos lares. Isso traz a necessidade de construções futuras, temos expectativas de nos próximos dez anos a necessidade de 11 milhões de novas moradias", calculou. 

Assista à íntegra da entrevista:

Novo Minha Casa Minha Vida 

O "Minha Casa Minha Vida" foi relançado em cerimônia nesta 3ª feira (14.fev) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cerimônia em Santo Amaro, na Bahia, e a Medida Provisória que detalha o programa foi publicada nesta 4ª (15.fev) no Diário Oficial da União. 

Sob novo formato, o MCMV retomou a Faixa Urbano 1, para famílias com renda mensal de até R$ 2.640 e subsídio do governo entre 85% e 95%. A Faixa Urbano 2 é para quem tem renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400 e a Faixa Urbano 3 - de R$ 4.400,01 a R$ 8.000. 

Já na área rural, as Faixas 1, 2 e 3 constituem as seguintes rendas:  anual até R$ 31.680; de R$ 31.680,01 até R$ 52.800; e
de R$ 52.800,01 até R$ 96.000. 

"É um programa arrojado e traz além dos recursos do FGTS, ainda vem com recursos adicionais do governo federal, recursos do orçamento geral da União. Isso dá esse grande impulsionamento ao programa e podemos chegar a um programa muito bem organizado nas três faixas, e entregar de 600 a 650 mil moradias no próximo ano", afirma Luiz França, da Abrainc.

Ações do programa:

1, Subsidiar parcial ou totalmente unidades habitacionais novas em áreas urbanas ou rurais
2. Financiar unidades habitacionais novas ou usadas em áreas urbanas ou rurais
3. Aluguel Social - Locação social de imóveis em áreas urbanas 
4. Provisão de lotes urbanizados
5. Reformas - Melhoria habitacional em áreas urbanas e rurais

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