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Economia

"O debate econômico no Brasil não é sério, parou no tempo", diz De Bolle

Para a economista, o teto de gastos foi tão alterado que provou que não funciona; deveria ser extinto

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Economista Monica De Bolle
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Ela é capaz de encarar debates acalorados com economistas do porte de Armínio Fraga, ganhar o apoio de André Lara Resende no embate e em seguida se virar para outro tema nas redes sociais: o que há de pertinente na discussão da moeda única ou moeda comum, proposta para o Mercosul? Qual a diferença? "Ninguém vai inventar uma moeda que substitua o real no Brasil ou o peso na Argentina. O que se busca é uma forma de denominar em qual divisa os países vão liquidar as trocas comerciais. É um estudo, só, nada além disso", afirma Monica De Bolle. Note-se que a declaração foi dada no calor das repercussões sobre a "proposta" para os parceiros comerciais, quando havia mais chumbo trocado na forma de opiniões do que esclarecimento preciso. Mesmo depois da entrevista coletiva dos ministros da Fazenda dos dois países. 

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Formada pela PUC-Rio, com doutorado em economia pela London School of Economics, De Bolle é ex-diretora de estudos latino-americanos na Universidade Johns Hopkins e atual pesquisadora do Peterson Institute for International Economics. Em plena pandemia, iniciou formação em imunologia e microbiologia. E criou o Pensando Alto, canal do YouTube onde traduz o universo complexo da economia de forma acessível. 

Em entrevista ao SBT News, De Bolle fala sobre a realidade econômica e política do Brasil, e sobre os desafios que impõe a si mesma para manter uma agenda intensa de atuação na internet. E tem dicas até para suportar os haters.

"O cenário internacional, que inclui e preocupa o Brasil, não é bom: mas já esteve muito pior", analisa Monica ao apontar o horizonte de menor crescimento e inflação persistente com o qual o governo Lula terá que trabalhar para reerguer a economia brasileira. Se o assunto é o equilíbrio das contas públicas, não há que se deixar nem a responsabilidade fiscal nem a social de lado: "Elas são absolutamente complementares", sentencia. E vai além: "O teto de gastos é uma regra que foi tão alterada que provou que não funciona, que teria que ser extinta em algum momento". 

Veja a entrevista completa de Monica De Bolle ao SBT News:

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