Custos da construção civil desaceleram para 0,15% em novembro, mostra IBGE
A pesquisa aponta variações em um patamar mais próximo ao do período pré-pandemia
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,15% em novembro, mas desacelerou 0,23 ponto percentual em relação à taxa de outubro, que foi de 0,38%. Foi o menor resultado desde julho de 2020. O levantamento foi divulgado nesta 6ª feira (9.dez) pelo IBGE.
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A pesquisa aponta variações em um patamar mais próximo ao do período pré-pandemia, conforme o gerente da Sinapi, Augusto Oliveira: "Os custos estão chegando a uma normalidade, sem a influência de um período de pandemia, com as variações dos preços mais comportados, acompanhando os movimentos do mercado da construção civil".
"Em 2022, os índices que tiveram forte alta em 2021 vêm sendo substituídos por taxas menores, reduzindo sucessivamente os índices acumulados em 12 meses, resultando numa queda neste indicador de 3,15 pontos percentuais desde junho. Os índices caíram de 14,53% em junho para 14,07% em julho, 13,61% em agosto, 13,11% em setembro, 12,41% em outubro, e agora, em novembro, caíram ainda mais para 11,38%", analisa Oliveira.
O custo nacional da construção por metro quadrado, que em outubro fechou em R$ 1.675,46, passou em novembro para R$ 1.677,96, sendo R$ 1.000,47 relativos aos materiais, e R$ 677,49 à mão de obra.
Os acumulados no ano foram: 9,94% (materiais) e 12,09% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 10,78% (materiais) e 12,26% (mão de obra), respectivamente.
Região Centro-Oeste tem a maior variação mensal
A Região Centro-Oeste apresentou a maior variação regional em novembro, 0,54%, influenciada pelo reajuste previsto em convenção observado no Distrito Federal.
As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,50% (Norte), 0,05% (Nordeste), -0,01% (Sudeste) e 0,33% (Sul). Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.686,47 (Norte), R$ 1.561,13 (Nordeste), R$ 1.736,53 (Sudeste), R$ 1.756,20 (Sul) e R$ 1.719,10 (Centro-Oeste).
Entre as unidades da federação, o Distrito Federal teve maior alta, 1,97%, influenciada por reajuste previsto em convenção coletiva no setor da mão de obra.
"Mesmo com a redução na parcela dos materiais, o Distrito Federal foi o destaque devido ao acordo coletivo. Em todos os estados, o custo da mão de obra tem se mantido estável com alteração apenas quando ocorre dissídios, alguns com impactos imediatos e outros mais tardios", ressalta o gerente da pesquisa.
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