OMC debate sobre o Brasil e cita desmatamento e tributos como desafios
País tem apoio para energia e agronegócio sustentáveis, mas precisa acabar com desmate e melhorar tributos
O Brasil e suas políticas comerciais estão em análise na Organização Mundial do Comércio (OMC). A reunião começou na 4ª feira (23.nov) e termina nesta 6ª (25.nov), em Genebra, na Suiça. De lá, parceiros sinalizam o que pode pesar nas negociações durante o próximo governo.
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Por enquanto, os 48 delegados dizem que será o combate ao desmatamento e a reforma tributária.
A União Europeia (UE) lembrou do discurso de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) e disse que encorajará o Brasil a enfrentar o atual aumento do desmatamento: "Incentivamos o Brasil a continuar a criar um clima de investimento favorável às energias renováveis e a tomar medidas para dissociar a produção agrícola e o comércio do desmatamento. Estamos prontos para cooperar com vocês enquanto tentarem enfrentar este desafio".
A Efta, bloco econômico de países pequenos e ricos, como a Suíça, destacou que "a abertura comercial deve ir de mãos dadas com considerações para o desenvolvimento sustentável". Também pediu mais consideração "à preservação do meio ambiente, à redução das desigualdades e à proteção dos povos indígenas ao definir suas políticas para o futuro".
O Reino Unido e os Estados Unidos mencionaram o Mercosul, que deve ser fortalecido, além da relação exclusiva com o Brasil, que deve se estreitar "de uma maneira que reflita valores compartilhados".
O Japão elogiou a evolução do Brasil no ambiente de investimentos e negócios. Porém, cobrou iniciativas para resolver o "custo Brasil", como o complexo sistema tributário e os gargalos de infraestrutura. "Esperamos também que o governo continue a considerar e ouvir as necessidades do setor privado nestes esforços".
O Canadá ponderou que "o Brasil ainda apresenta muitos desafios às empresas" e reforçou uma "oportuna reforma tributária".
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