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Economia

"Já ganhou a eleição, cala a boca e vai trabalhar", diz Guedes sobre Lula

Ministro criticou PEC da Transição e alegações do governo eleito sobre 40 milhões que passam fome

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Paulo Guedes
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou nesta 6ª feira (18.nov) as declarações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre o teto de gastos; a PEC da Transição e a forma como os trabalhos estão sendo conduzidos por integrantes do gabinete de transição do governo eleito.

Guedes questionou suposto conflito social e fiscal. "Que historinha é essa de conflito do social com o fiscal? Isso é até ignorância, desconhecimento; é incapacidade técnica de resolver problema", disse. E em referência às declarações de Lula que constestou exigências fiscais em nome do combate às desigualdades sociais, elevou o tom contra o petista.

"Já ganhou, cala a boca, vai trabalhar, construir um negócio legal. O desafio é grande, mas a oportunidade é maior ainda", afirmou Guedes durante um evento sobre os 30 anos da Secretaria de Política Econômica, que faz parte do Ministério da Economia.

Na COP27, Lula reforçou o discurso de furar o teto de gastos para conseguir financiar programas sociais. "Se eu falar isso vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência", disse, completando que a flutuação dos índices não acontece "por causa das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores".

O ministro da Economia criticou a condução da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abre fiscal e prevê gastos acima do teto para custear os R$ 600 de auxílio às famílias de baixa renda.

No evento, Guedes ainda elogiou a atuação do governo de Jair Bolsonaro (PL) em relação aos programas sociais e disse que a atual gestão foi a responsável em descobrir as "40 milhões de pessoas que estavam passando fome". "Fizemos o maior programa de transferência de renda e assistência social do mundo e da história do país." "Ah, tem 40 milhões de pessoas passando fome. Onde estavam essas 40 milhões de pessoas que eles não descobriram no governo deles [do PT]? Possivelmente estavam passando fome mesmo, e nós descobrimos, os invisíveis e atendemos", frisou o comandante da pasta da Economia.

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