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Economia

Mercado reage a declaração de Lula sobre "estabilidade fiscal"

Bolsa caiu e dólar teve alta; Alckmin disse que presidente eleito já mostrou ter responsabilidade fiscal

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Em discurso na manhã desta 5ª feira (10.nov), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o que chamou de "estabilidade fiscal" e disse que as pessoas "são levadas a sofrerem" por causa dela. A declaração repercutiu mal no mercado financeiro.

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"Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal desse país? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gastos? Por que as mesmas pessoas que discutem teto de gastos com seriedade não discutem a questão social neste país?", questionou o petista ao falar sobre a fome no Brasil.

No meio da tarde, após a fala do presidente eleito, o dólar registrava alta de 2,4% em relação ao dia anterior, sendo vendido a R$ 5,3064. Já o Ibovespa, principal índice da B3, teve queda de 3,30%, chegando aos 109.826 pontos.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) foi questionado sobre o tema. Em resposta, disse que Lula falou sobre a questão social e sobre a questão fiscal e ressaltou que não há incompatibilidade entre elas. "O presidente Lula já foi presidente da República, assumiu com uma dívida sobre o PIB de 60% e, quando transferiu [o governo], a dívida era menos de 40% do PIB. Ou seja, baixou de 60% para 40% a dívida sobre o PIB, teve superávit todos os anos... Então se alguém teve responsabilidade fiscal foi o governo Lula", afirmou.

Pelo Twitter, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que Lula não "enfatizou investimentos na área social em detrimento do equilíbrio fiscal" e disparou: "Onde estavam quando Bolsonaro fez gastança na pré-campanha eleitoral?".

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