Inflação registra alta de 0,59% em outubro, mostra pesquisa do IBGE
Alimentação e bebidas foram os itens que mais influenciaram o índice
Após três meses de deflação, os preços voltaram a subir no mês de outubro. A pesquisa é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro, o IPCA teve alta de 0,59%, informou o IBGE nesta 5ª feira (10.nov). Os preços dos alimentos e bebidas foram os que mais contribuíram para a subida. Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,70%. Já nos últimos 12 meses, ficou em 6,47%. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%, informou o instituto.
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A pesquisa mostrou ainda que "a maior influência no índice geral veio de Alimentação e bebidas, com crescimento de 0,72% e impacto de 0,16 ponto percentual (p.p.) no índice geral. Na sequência das maiores influências estão os grupos de Saúde e cuidados pessoais (1,16% e 0,15 p.p.) e Transportes (0,58% e 0,12 p.p.)".
Pedro Kislanov, gerente do estudo explicou que "há um claro contraste, porque alimentação e transportes, os dois grupos de maior peso, tiveram variação negativa em setembro e altas em outubro". E completou dizendo que "entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta no mês. Apenas Comunicação teve queda, de 0,48%".
O IBGE também fez um recorte por região. Todas as áreas tiveram alta em outubro, com Recife (0,95%) marcando a maior variação por conta das altas da energia elétrica (9,66%) e das passagens aéreas (47,37%). Por outro lado, o menor índice foi registrado em Curitiba (0,20%), influenciado pelos recuos nos preços da energia elétrica (-9,88%) e da gasolina (-2,40%), apontou o estudo.
Metodologia
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 28 de setembro de 2022 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília, explicou em nota o IBGE.