Comércio deve abrir quase 100 mil vagas temporárias para o fim do ano
Black Friday, Natal e Copa do Mundo devem alavancar vendas em novembro e dezembro
Lívia Raick
Quase 100 mil vagas temporárias serão abertas no comércio de todo país para o fim do ano. Além da expectativa de movimento maior na Black Friday e no Natal, a Copa do Mundo também deve alavancar as vendas.
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"O temporário aparece na principal época do ano, que é novembro e dezembro, e a chance dele se destacar e ficar é maior. Se no momento mais difícil ela se destacou, então é sinal que eu posso ficar com ela no resto do ano", diz o comerciante Lauro Pimenta.
No estado de São Paulo, os dirigentes lojistas estimam a abertura de 37 mil novas vagas temporárias, uma queda de 12% em comparação com o ano passado, que teve 42 mil vagas.
A pesquisa ainda mostra que 87% das empresas não demitiram funcionários nos últimos meses, mas também não contrataram, e que comerciantes aguardam uma decisão nas urnas antes de se arriscarem a expandir.
"Nós temos uma expectativa ainda de não conhecimento das políticas econômicas dos candidatos. Temos uma certa incerteza, mas também temos um outro cenário que você deve levar em conta, é que muitas empresas não estão contratando apenas pra vagas temporárias, e sim vagas efetivas", diz Maurício Stainoff, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo.
A previsão é de que sete em cada 10 vagas terão prazo determinado de até três meses, e 16% devem de fato se converter em efetivação, com salário de pouco mais de R $1.600. Vendedor (29%), ajudante (24%), e balconista (16%) estão entre as principais funções temporárias.
Cícera Pavão, que estava sem emprego há 15 dias, conseguiu trabalho em uma loja no centro de São Paulo, e agora está em fase de experiência: "você tem que mostrar agilidade, atender bem ao cliente, sempre estar tratando bem o cliente, com simpatia. Essa vaga eu não deixo escapar, porque é muito bom estar trabalhando aqui".
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