Se comprar Twitter, Musk pretende demitir 75% dos funcionários
Para o bilionário, "empresa inchada" precisa aumentar usuários monetizáveis e receita
Pablo Valler
Caso, dessa vez, realmente compre o Twitter, Elon Musk pode demitir cerca de 75% dos funcionários. Dos atuais 7,5 mil restariam aproximadamente 2 mil, conforme documentos da própria companhia aos quais Washington Post teve acesso.
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O jornal norte-americano conta que o bilionário considera a "empresa inchada". Mas, a solução não se resumiria em demissões. Depois de três anos, segundo Musk, triplicaria o número de usuários monetizáveis e dobraria a receita da empresa. Apesar dos objetivos, não são especificadas as estratégias.
Mesmo que, novamente, o acordo entre o empresário e a rede social não seja firmado, o Twitter deve ter corte de pessoal, diz a reportagem. A empresa já tinha planos de diminuir de US$ 1,5 bilhão para US$ 800 milhões os custos com as folhas de pagamento.
Além da apuração das informações, o Washington Post cita fortes indícios na administração, que implementou recentemente um sistema de avaliação de performance individual aos colaboradores.
Os desligamentos afetariam, inclusive, o data center. A rede social pode ter um aumento de resposta para problemas técnicos, prejudicando a usabilidade dos mais de 200 milhões de usuários diários.
"Vai haver serviços caindo e pessoas sem o conhecimento institucional para colocá-los no ar novamente, sendo totalmente desmoralizadas e querendo elas mesmas sair da companhia", analisou Edwin Chen, ex-cientista de dados do Twitter e atual presidente da Surge AI, uma moderadora de conteúdo. "Vai ser um efeito cascata".