Procura por crédito tem maior queda do ano em setembro: 12,2%
Indicador Serasa Experian mostra consumidor que ganha entre R$ 500 e R$ 1.000 como o mais resistente
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O consumidor está pensando mais de uma vez, e bem, antes de solicitar crédito no mercado. A pesquisa Serasa Experian aponta queda acentuada em setembro em relação ao mesmo período do ano passado.
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Foram 12,2% de redução na taxa de solicitação de financiamentos. É a quarta baixa seguida e a maior do ano até agora. "Com a taxa Selic marcando 13,75% ao ano, as linhas de crédito estão sendo ofertadas com custos mais elevados", avalia Luiz Rabi, economista da Serasa Experian. Em bom português, o dinheiro "ficou mais caro": com a taxa referencial em patamar de dois dígitos, as demais taxas, aquelas que são efetivamente disponibilizadas no mercado, tendem a subir explosivamente. "Os consumidores ficam mais cautelosos, e isso impacta a maioria das linhas de crédito", diz Rabi.
Uns mais que os outros
Dependendo da faixa de renda mensal, para alguns consumidores a queda na busca pelos empréstimos fica ainda maior. Veja no quadro abaixo:
Na comparação anual, o consumidor com renda entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00 foi o que mais evitou emprestar dinheiro ou financiar alguma compra. A queda entre estes brasileiros bateu em 13,6% sobre setembro de 2021. Em relação a agosto, baixa de 7,8%. A menor diminuição na procura se deu entre os consumidores que têm renda entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00. Nesse grupo a redução de tomada de crédito foi de 9,7% na comparação anual. E mesmo entre os que ganham acima de R$ 10.000,00 por mês, os pedidos por crédito caíram 10,3% em setembro.
Parte por parte
Houve queda nas solicitações em todas as regiões do país. No sudeste, menos 13,9%; no sul, menos 12,2%; nordeste cedeu 12%; no norte, menos 9,7% e no centro-oeste a baixa é de 4,7%. Para aqueles que já sabem que terão de pegar dinheiro no mercado, o economista da instituição aconselha: "Reavaliar as despesas e poupar dinheiro para passar pelo final deste ano e início do ano que vem que, historicamente, são marcados por gastos a mais", sugere Luiz Rabi. Ou seja, guardar para comprar à vista com recurso próprio ou até avaliar se a despesa é realmente indispensável.