FMI piora projeção do PIB brasileiro para o ano que vem: 1%
Crescimento ficará abaixo do previsto tanto para a América Latina quanto para países emergentes

Pablo Valler
O Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou as projeções para a economia global. Manteve a alta de 3,2% para este ano e reduziu de 2,9% para 2,7% a de 2023. No ano passado, o mundo avançou 6%.
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"Esperamos que cerca de um terço da economia global terá recessão técnica" -- que é quando ocorrem dois trimestres seguidos de retração --, disse no relatório o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas.
O FMI também fez as estimativas por país. O Brasil aparece com crescimento de 2,8% até o fim de 2022 e de 1% para o ano que vem. Ficaria abaixo da média da América Latina, de 1,7%, e mais ainda dos países emergentes, de 3,7%.
Tais previsões reforçam o que dizem analistas do mercado financeiro sobre o país, de que benefícios sociais cedidos pelo governo até aceleram o crescimento deste ano, mas durarão pouco tempo e podem piorar as contas públicas no próximo ano.
Desse modo, o Brasil ficaria em 170º no ranking de desenvolvimento, abaixo de países como Argentina, que pode crescer 2%, e Colômbia, com 2,1%. Porém, estaria acima da Alemanha, que pode perder -0,3% com a crise energética desencadeada pela guerra na Ucrânia.
Inflação
O FMI continua preocupado com a inflação global. Esse ano deve ser concluído com a maior taxa desde 1996. A média mostra uma alta de 8,8%. Na previsão anterior, de julho, a estimativa era de 8,3%. Para 2023, a projeção é de 6,5%, contra 7,3% da previsão anterior.