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Economia

Associação de Importadores diz que preços dos combustíveis estão defasados

Para analista, gasolina deveria subir 6,6% e diesel 13,5%; Petrobras estaria sendo pressionada a segurar preços

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Desde 1º de setembro, a Petrobras cobra R$ 3,53 pelo litro da gasolina. No dia 19 do mesmo mês, a estatal passa a pedir R$ 4,89 pelo litro do diesel. São preços defasados em relação ao mercado internacional, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que, até a 5ª feira (6.out), só fechava negócios no exterior quando conseguia descontos de, no mínimo, 8% com a gasolina e de 3% com o diesel para competir com os valores do mercado interno.

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Isso porque, lá fora, os preços estão subindo mais ainda desde que iniciaram boatos, logo confirmados na 4ª feira (5.out), sobre a Opep+, grupo com os 23 maiores países produtores. A princípio, cortariam 1 milhão de barris por dia (bpd). Mas, acabaram cortando 2 milhões de bdp. Somente nessa semana, o contrato da commoditie tipo Brent -- uma das principais referências de preço -- acumulou alta de 7,3%.

Todos esses fatores deixam a situação da Petrobras ainda mais complicada com o governo federal. O comitê administrativo estaria sendo pressionado a segurar ou até diminuir os preços da gasolina e do diesel. O SBT News entrou em contato com a companhia e perguntou se há possibilidade de mais mudanças, seria a quarta, na diretoria esse ano. A equipe não respondeu. A única informação é de que "sua política de preços acompanha as cotações internacionais, mas sem repassar ao consumidor volatilidades pontuais". Se há chance de fazer reajustes ainda essa semana ou no mês, a resposta é de que "não estabelece prazos". Os anúncios, geralmente, são feitos um dia antes das mudanças.

Para analistas do mercado de energias, fato é que os combustíveis nacionais precisariam de um reajuste para dar conta da demanda. No caso da gasolina, de 6,6%. Para o diesel, de 13,5%. Os cálculos são da consultoria StoneX, de onde Bruno Cordeiro percebe que a "Petrobras vem demorando mais para promover os reajustes", considerando apenas as mudanças estruturais e não mais de conjuntura, o que gera desconfiança tendo em vista que os fatores são muitos e podem fazer grande diferença.

Cordeiro considera que até fim do ano haverá um embate movimentado entre "fundamentos altistas, como os cortes da OPEP+; a situação do mercado do gás natural na Europa; a proximidade do início de implementação das sanções da União Europeia ao petróleo russo, marcado para início de dezembro; e alguns fundamentos baixistas, como a desaceleração da economia global; altos níveis de inflação e avanços da covid-19 em algumas regiões."

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