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Economia

Transações do balanço de pagamentos registraram déficit de US$ 4,1 bi, diz BC

Em julho, a conta de serviços teve déficit de US$ 2,1 bilhões

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Diversas cédulas de dólares (Reprodução)
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As transações correntes do balanço de pagamentos (o registro das transações econômico-financeiras realizadas pelo país com os demais) apresentaram déficit de US$ 4,1 bilhões em julho deste ano, segundo dados divulgados nesta 2ª feira (26.set) pelo Banco Central (BC). No mesmo período do ano passado, também houve déficit, mas de US$ 1,2 bilhão.

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O BC acrescenta que, no sétimo mês de 2022, a balança comercial de bens brasileira teve superávit de US$ 4,2 bilhões, sendo que, em julho de 2021, o superávit foi de US$ 6,3 bilhões; há dois meses, em bens, o país exportou US$ 30,2 bilhões (+17,4%, em comparação ao mesmo período do ano passado) e importou US$ 26,1 bilhões (+33,8%).

A conta de serviços, em julho deste ano, teve déficit de US$ 2,1 bilhões (+59,2%); as despesas líquidas na conta de viagens internacionais totalizaram US$ 661 milhões (+188,6%), os fluxos brutos de receitas de viagens, US$ 389 milhões (+74,4%), as despesas brutas de viagens, US$ 1 bilhão (+132,1%), as despesas líquidas de transportes, US$ 726 milhões (+166,3%), e as despesas líquidas do aluguel de equipamentos, US$ 670 milhões (+10%).

Já a conta de renda primária registrou déficit de US$ 6,5 bilhões em julho de 2022, ante US$ 6,4 bilhões do mesmo período de 2021; no sétimo mês deste ano, as despesas líquidas de lucros e dividendos totalizaram US$ 3,6 bilhões (ante US$ 2,9 bilhões), e as despesas líquidas com juros, US$ 3 bilhões (ante US$ 3,5 bilhões). A redução destas frente ao registrado em julho de 2021, diz o BC, "concentrou-se em operações de empresas de mesmo grupo econômico".

No período de 12 meses encerrado no último mês de julho, as transações correntes registraram déficit de  US$ 36,6 bilhões, o que corresponde a 2,08% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que, no período de 12 meses encerrado em julho do ano passado, o déficit foi de US$ 20,9 bilhões - 1,37% do PIB.

Em relação aos ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP), o índice alcançou US$ 7,7 bilhões há dois meses, montante que supera o de julho de 2021 em US$ 1,1 bilhão; no período mais recente, ingressos líquidos em participação no capital totalizaram US$ 5,6 bilhões, e aqueles em operações intercompanhia, US$ 2,1 bilhões. "Nos doze meses encerrados em julho de 2022, o IDP totalizou US$ 65,6 bilhões (3,73% do PIB), ante US$64,5 bilhões (3,69% do PIB) no mês anterior e US$44,9 bilhões (2,95% do PIB) em julho de 2021", falou o BC.

Foram divulgados nesta 2ª também os dados sobre investimentos em carteira no mercado doméstico: as saídas líquidas chegaram a US$ 60 milhões em julho, como resultado de US$ 816 milhões em saídas em ações e fundos de investimento e em US$ 755 milhões em entradas em títulos de dívida. No período de 12 meses concluído em julho, os investimentos em carteira no mercado doméstico registraram saídas líquidas de US$ 269 milhões.

As reservas internacionais do Brasil ficaram em US$ 346,4 bilhões há dois meses, montante que supera o registrado no sexto mês de 2022 em US$ 4,4 bilhões. Segundo o BC, "o resultado decorreu, principalmente, das variações por preços e da receita de juros, que contribuíram para elevar o estoque em US$ 3,9 bilhões e US$ 540 milhões, respectivamente".

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