Confederação do Comércio reduz previsão de vendas no varejo em 2022
Desaceleração do setor ao longo do ano fez com que expectativa de crescimento ficasse em 1,3%
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Após o recuo de 0,8% no comércio varejista em julho, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reduziu de 1,7% para 1,3% a previsão de crescimento das vendas no setor em 2022. A estimativa acontece em meio ao aperto monetário do consumidor, especialmente devido ao aumento da inflação no quarto trimestre.
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Segundo a entidade, o volume das vendas no varejo vem mostrando desaceleração desde o início de 2022 e, em julho, apresentou o terceiro recuo consecutivo. As quedas se deram de forma disseminada, já que nove dos 10 segmentos avaliados registraram taxas negativas. Apenas o segmento de combustíveis e lubrificantes teve crescimento do volume de vendas, com avanço de 12,2% no período.
Os destaques negativos foram as retrações no ramo de tecidos, vestuário e calçados, com queda de 17,1%, e na venda de móveis e eletrodomésticos, que apresentou redução de 3%. A sequência de resultados negativos voltou a aproximar o nível de atividade do setor ao patamar pré-pandemia - 0,5% acima do apresentado em fevereiro de 2020.
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"De qualquer forma, a expectativa é que, com a entrada em circulação de recursos provenientes das medidas de estímulo ao consumo a partir de agosto, os volumes de vendas no varejo voltem ao campo positivo no mês subsequente", avalia o economista Fabio Bentes. Ele estima que os recursos procedentes do Auxílio Brasil têm potencial para impactar as vendas do setor em R$ 16,3 bilhões até o fim do ano.