Deputados americanos aprovam incentivos contra mudanças climáticas
Agora, texto segue para sanção de Joe Biden, que era um entusiasta do projeto
Está de volta ao Salão Oval, da Casa Branca, o projeto de lei defendido por Joe Biden para, enfim, mudar o esquema de combate às mudanças climáticas dos Estados Unidos. Está nas mãos do presidente sancionar os US$ 430 bilhões que serão usados, principalmente, para a transição energética e, consequentemente, a redução das emissões dos gases de efeito estufa em 40% até 2030.
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O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados na 6ª feira (12.ago) por 220 votos a 207. Antes disso também já foi aprovado no Senado, na semana anterior, em uma votação apertada, 51 a 50.
Para conqusitar a aprovação, os Democratas tiveram que adaptar o texto algumas vezes. Republicanos eram contrários ao que chamavam de "gastos" para agradar outros países - tendo em vista que a maioria dessa legenda é negacionista, ou seja, não acredita no aquecimento global, mesmo com os EUA sendo um dos países que mais sofre com a atual onda de calor do hemisfério norte.
A ideia é destinar US$ 60 bilhões para proteção das áreas mais afetadas pelas mudanças climáticas. Outros milhões, ainda não contabilizados, serão usados para o que se chama de "justiça climática". Povos tribais e nativos, por exemplo, do Havaí serão recompensados por terem seus ecossistemas degradados. Há também incentivos fiscais para as energias renováveis, assim como os carros elétricos.
Porém, agora o texto inclui alguns milhões para o Medicare, programa do governo para idosos e deficientes. O órgão poderá negociar os preços dos medicamentos prescritos com as empresas farmacêuticas. Assim, os usuários devem desembolsar um teto de US$ 2 mil por ano. Já o governo pode economizar US$ 288 bilhões.