Região de Cânions, no Rio Grande do Sul, quer atrair mais turistas
Declarado Patrimônio Geológico Mundial pela Unesco, destino é boa opção para férias escolares em julho
Luciane Kohlmann
Na escuridão, as lanternas iluminam a madrugada enquanto os turistas percorrem a trilha estreita, em Cambará do Sul, na Serra Gaúcha. A promessa é chegar a um destino turístico de encher os olhos. Nada menos do que o amanhecer, num ponto privilegiado do Canion Fortaleza. Aos poucos, a natureza se encarrega de recepcionar os forasteiros. " Olha lá, já tá começando a avermelhar o horizonte", ouve-se na voz baixinha de alguém no meio do grupo. Descrição perfeita. Apesar do sol entre as nuvens, o espetáculo não decepciona.
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E ele não é o único. Eleita recentemente Patrimônio Geológico Mundial pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), a região de Cânions, no Rio Grande do Sul, ganhou melhorias para atrair mais visitantes. Especialmente agora, período de férias escolares numa época do ano em que o frio do inverno revela suas belezas. Que o digam os exploradores que agora seguem rumo ao topo do canion. Em meio aos penhascos, vertentes de água dão origem a belas cachoeiras.
Artesanato da natureza
O cânion surgiu pela movimentação das placas tectônicas da região, há mais de 130 milhões de anos. Recortes desde o fundo da terra que mais parecem artesanato natural do planeta. Beleza a perder de vista. " O visitante que vem aqui se impressiona porque cada ponto onde se vai se vê um ângulo diferente", conta José Júnior Ramos Mota, coordenador de operações dos parques da região.
O Itaimbezinho é o cânion mais famoso do parque nacional de Aparados da Serra, conhecido por ter paredões íngremes e por uma fenda monumental.
Não é à toa que mais de 170 mil pessoas já passaram pelos parques desde o início da concessão, em outubro do ano passado. E a meta é triplicar o número de visitantes. Boas razões pra isso existem. " Primeira vez no Cânion e tudo perfeito", se entusiasma a gerente comercial Glicia Colares. Vale a pena não deixar por menos: Até perder o fôlego nas caminhadas. Ou....diante das maravilhas do lugar. " O canion realmente emociona as pessoas que vem aqui", confessa o coordenador dos parques. "É um local único de muitas boas energias que se tem aqui. É um viver diferente essa vivência de estar aqui."
