Inmetro lança selo para medir inclusão social das empresas
Método de análise se chama Escala Cidadã e foi elaborado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural
A sigla ESG está em todo lugar. Até onde nem deveria. Em empresas que mal sabem o significado, quem dera aplicar a partir dela. O mais curioso acontece com a letra S, de social. Simplesmente porque essa responsabilidade é cobrada há muito mais tempo que as outras, que são ambiental e governança.
Para mudar esse cenário e mensurar quanto uma empresa é socialmente responsável, o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, com sede na capital paulista, criou a Escala Cidadã, que acaba de ser homologada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
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Agora, então existe um método oficial de medir parâmetros sociais, assim como há várias certificações nas áreas ambientais e de governança.
"A criação do manual e a homologação do Inmetro significam ter um roteiro com bases científicas pelo qual guiar um trabalho", diz Natália Mônaco, coordenadora do departamento de pesquisa do Instituto Olga Kos. "Chegou o momento das empresas comprovarem que vão além das rampas de acesso e banheiros adaptados", completou.
No roteiro de certificação existem cinco variáveis. Depois, são mais 20 indicadores e 37 requisitos. Entre eles está a arquitetônica, para avaliar se a estrutura é adaptada para deficientes visuais, por exemplo. Outra característica é a comunicação, se há discurso inclusivo e linguagem de sinais. Além da metodológica, que considera a eliminação de barreiras em programas de capacitação.
No nível 2, a empresa deve mostrar se tem valores e objetivos inclusivos reconhecidos. O nível 3 quer saber se há políticas aceitas e executadas por grande parte da empresa e se existem evidências do envolvimento e empenho da alta direção. Só as empresas plenamente inclusivas estão no nível 4, que revela ações consolidadas e já monitoradas como parte de um ciclo de melhoria contínua.