Preços no atacado apresentam tendência de desaceleração
Segundo avaliação da CNC, resultados estão relacionados ao consumo de itens essenciais ou domésticos
![Preços no atacado apresentam tendência de desaceleração](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FNa_media_os_precos_dos_produtos_comercializados_pelo_varejo_foram_reajustados_em_17_nos_12_meses_encerrados_em_abril_deste_ano_Agencia_Brasil_2dfa363e49.jpg&w=1920&q=90)
As pressões do atacado parecem ter perdido força nos últimos meses. Segundo análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), apesar de o quadro atual de formação de preços no varejo ainda estar longe de uma zona confortável para os comerciantes, ele vem apresentando um cenário mais positivo.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Na média, os preços dos produtos comercializados pelo varejo, medidos por meio do deflator da PMC, foram reajustados em 17%, nos 12 meses encerrados em abril deste ano. Já os preços no atacado, avaliados pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), avançaram 21% no mesmo período, revelando um grau de repasse de 80% aos preços finais aos consumidores. Em maio de 2021, a inflação no atacado chegou a superar os 35%.
Em abril, a PMC apontou um avanço de 0,9% no volume de vendas no varejo, o quarto crescimento consecutivo, superando as expectativas da CNC, que projetava estabilidade em relação a março. Na comparação anual, o indicador apresentou alta de 4,5%, terceira variação positiva seguida, superando também o nível pré-pandemia, com avanço médio de 4,0% em relação a fevereiro de 2020.
Apesar do resultado positivo, a maior parte dos segmentos pesquisados apresentou variações negativas em relação ao mês anterior. Foram as altas registradas pelos ramos de artigos farmacêuticos (+0,4%), vestuário e calçados (+1,7%) e móveis e eletrodomésticos (+2,3%) que sustentaram o avanço do setor em abril. Em contrapartida, o varejo de alimentos (-1,1%) recuou pelo segundo mês seguido.
+ Na contramão: por que não estamos usando biocombustíveis?
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, celebra os avanços, mas observa que os resultados estão relacionados ao consumo de itens essenciais ou predominantemente domésticos. "O processo de regeneração tem ocorrido de forma heterogênea, na medida em que apenas quatro atividades comerciais conseguiram recuperar o nível de vendas verificado antes do início da crise sanitária. Esperamos que o cenário econômico se torne mais favorável para que todos os segmentos avancem."