Fiscalização apreende 4,2 mil toneladas de feijão com herbicida proibido
A maior parte não foi cultivada com o defensivo e sim misturada aos grãos contaminados
Pablo Valler
Em fiscalização de rotina por armazéns de Campo Novo do Parecis (MT), auditores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreenderam um estoque de feijão-caupi - ou feijão-de-corda - de mais de 4,2 mil toneladas. É o maior volume desse tipo de produto que o Mapa já proibiu a comercialização pelas indústrias de processamento.
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Apesar da quantidade contaminada, os auditores avaliaram que a maior parte não foi produzida sob tais condições.
"Isso ocorreu porque o produto de diversos produtores são normalmente descarregados no mesmo moinho e acabam se misturando dentro de silos de até 5 mil toneladas. Para se ter o comprometimento de todo o produto ensilado, basta algumas cargas contaminadas e movimentação de grãos entre estruturas de armazenamento", explica o fiscal federal Cid Rozo.
Depois da ocorrência, o Mapa anunciou que novas fiscalizações serão feitas abrangendo esse e outros tipos de feijão. "Com as intensificações de ações fiscais e a implementação de processos de controle e monitoramento por indústrias beneficiadoras de feijão na aquisição de matéria-prima, o Mapa tem constatado a diminuição nos índices de produto irregular oferecidos no mercado", informa nota oficial.
Rozo também explica que a fiscalização deve se tornar mais rápida em breve, "com a aprovação da lei de autocontrole, novas ferramentas de acompanhamento serão implementadas. Também estamos aguardando a atualização do decreto de inspeção, que passará a responsabilizar solidariamente corretores e produtores rurais por comércio de produto contaminado. Com isso, ambas iniciativas deverão impactar substancialmente na qualidade e segurança do feijão produzido no país".