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Desempenho fiscal do Brasil estaria melhor que do G7, diz ministro

Paulo Guedes, da pasta da Economia, minimiza riscos e promete que país irá surpreender

Desempenho fiscal do Brasil estaria melhor que do G7, diz ministro
Paulo Guedes em um púlpito
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou o Brasil a outras nações emergentes e, também, às potências mundiais, e concluiu que "nosso desempenho fiscal está bastante acima, confirmando as nossas expectativas de que iríamos surpreender".

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A declaração gerou polêmica entre economistas, que discordam da análise. Citam, principalmente, os riscos diante da perspectiva de mais gastos do governo federal em pleno ano eleitoral, inclusive, com reajuste prometido aos servidores ainda sem percentual definido, mas já aprovadas pelo Congresso e que têm impacto fiscal. Serão necessários mais de R$ 10 bilhões do orçamento deste ano. 

Guedes discursou na abertura da apresentação do Boletim Macro Fiscal de maio, nesta 5ª feira (19.maio), logo depois depois que foram mostradas as projeções do governo para o PIB e para a inflação. Foi mantida a expectativa de crescimento do PIB para 2022 em 1,5%, e em 2,5% para 2023. Já a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerando a inflação oficial, aumentou de 6,55% para 7,9%.

"Estamos seguindo com uma recuperação consistente, principalmente de um lado em função do nosso controle de gastos e do outro a recuperação econômica", disse Guedes.

O ministro comentou só os dados positivos do PIB e emendou que o mercado estaria se rendendo às projeções otimistas: "as revisões estão sendo feitas para cima, como tínhamos previsto no início do ano. Alguns previam recessão e, agora, todo mundo está convergindo para a nossa estimativa".

+ Paulo Guedes afirma que "inferno" da inflação já passou

As declarações foram reforçadas por Pedro Calhman, chefe da Secretaria de Política Econômica (SPE): "a melhora do resultado fiscal é efeito da contenção de despesas e da recuperação real da economia, que tem melhorado a arrecadação", afirmou ele, sem comentar que a arrecadação do governo federal aumenta, principalmente, por consequência da Selic.

Sobre a piora do cenário no segundo semestre, apontada pelo Banco Central, o secreatário garantiu que já está incluída nas novas estimativas.

"Essa projeção já considera o impacto das condições financeiras mais restritivas, com a desaceleração leve do crescimento no segundo semestre e a manutenção ao longo de 2023", defendeu.

Vale lembrar que, pelas estimativas de especialistas em contas públicas, existem bombas fiscais que estão sendo armadas pelo governo e pelo Congresso e podem ultrapassar os R$ 200 bilhões.

Mas, para o ministro da Economia, podemos surpresas positivas, que talvez já tenham sido reveladas pela confiança do secretário em um setor específico: "o crescimento dos serviços é um dos fatores que impulsionam crescimento econômico. Os investimentos também impulsionam o crescimento", disse.

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