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Economia

Com inflação alta, brasileiros estão perdendo dinheiro na poupança

A última vez que a aplicação rendeu em um acumulado de 12 meses foi no período encerrado em agosto de 2020

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Dinheiro, calculadora e gráfico
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Há 20 meses, quem tem dinheiro na poupança não está acumulando nada além de perdas. A última vez que a aplicação rendeu em um acumulado de 12 meses foi no período encerrado em agosto de 2020, variação de 0,45%.

Para se ter ideia, no mês de abril, a rentabilidade foi de 0,56% em termos nominais. Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 1,06%. O resultado é um retorno negativo de -0,50% no mês.

Embora a poupança não seja caso único de investimento perdendo para a inflação, com a alta da taxa básica de juros (Selic) há atualmente outras opções de investimento em renda fixa que superam a rentabilidade da poupança e que estão dando retorno de até mais de 1% ao mês, dependendo do prazo da aplicação.

Onde guardar meu dinheiro?

Mesmo com a alta da taxa básica de juros da economia para 12,75% ao ano, a rentabilidade da poupança segue congelada abaixo da inflação projetada para o ano, enquanto que a de outros rendimentos de renda fixa aumentou, acompanhando a trajetória da Selic.

Simulações do buscador de investimentos Yubb mostram que o retorno projetado para os principais investimentos de renda fixa supera de longe o da inflação, com retorno líquido (rentabilidade descontada a inflação e o imposto de renda) de até 6% para o período de 12 meses.

  • Poupança*: -1,59%
  • Tesouro Selic: 2,07%
  • CDB banco médio: 3,47%
  • CDB banco grande: -0,28%
  • LC: 3,94%
  • LCA*: 4,18%
  • LCI*: 4,53%
  • RDB: 3,57%
  • Debênture incentivada*: 6,05%
Fonte: Levantamento Yubb
* Investimentos isentos de imposto de renda; cálculo para a poupança não inclui a variação da TR
Projeções com base em alíquota de 20% de imposto de renda referente a prazos de vencimento entre 181 e 360 dias e previsão de inflação de 7,89% para 2022 (Boletim Focus Banco Central)

Antes de investir é preciso avaliar não só a rentabilidade, mas também os objetivos desse investimento, o tempo que o dinheiro pode ficar aplicado, a necessidade de eventual resgate antes do vencimento e a disposição em assumir mais ou menos risco.

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) alerta que, para superar o retorno oferecido pela poupança, um CDB, po exemplo, precisa pagar acima de 85% do CDI, uma vez que a caderneta é isenta de imposto de renda, ao passo que CDBs pagam IR de acordo com o prazo de resgate da aplicação.

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