Banco Central admite que inflação deve ultrapassar meta e chegar a 8,5%
Preços da energia elétrica e do dólar elevaram o índice, de acordo com relatório divulgado nesta 5ª feira
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O Banco Central admitiu que não vai cumprir a meta de inflação para 2021. A estimativa oficial deste ano passou de 5,8% para 8,5%. O relatório divulgado nesta 5ª feira (30.set) surpreendeu os economistas, que projetavam índices menores.
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A meta para 2021 era de 3,75%, com tolerância de um 1,5% pra cima ou pra baixo, ou seja, seria aceitável um índice entre 2,25% e 5,25% ao ano de inflação, números muito abaixo da nova previsão.
"Os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de risco e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária", afirmou Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
Entre as causas apontadas no relatório estão a energia elétrica mais cara, o dólar alto - que afetou os preços de commodities como o petróleo - e a retomada mais lenta da economia em países emergentes. Pela perspectiva do Banco Central, a inflação prevista para o próximo ano é de 3,7%.
Para o economista Simão Silber, da Universidade de São Paulo (USP), o momento é ruim para a economia brasileira: "Muito modesta a perspectiva pra esse ano, com desemprego e queda de renda real acentuada. Há uma chance muito grande de em 2022 termos uma recessão".
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