Desemprego caiu para 13,7% em julho, aponta IBGE
Aumento de 3,6% no número de pessoas ocupadas, com mais 3,1 milhões no período analisado, chegando a 89 milhões de pessoas

SBT News
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta 5ª feira (30.set), que a taxa de desocupação caiu 1 ponto percentual indo para 13,7% no trimestre encerrado em julho.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Apesar da queda, o Brasil tem 14,1 milhões de pessoas em busca de um trabalho. Segundo o instituto, houve aumento de 3,6% no número de pessoas ocupadas, com mais 3,1 milhões no período analisado, chegando a 89 milhões de pessoas.
Adriana Beringuy, analista de pesquisa, avalia que o nível de ocupação subiu 1,7 ponto percentual, para 50,2%. Desde o ínicio da pandemia, essa é a primeira vez que o nível de ocupação fica acima de 50%. Para a analista, isso indica que mais da metade da população com idade para trabalhar está ocupada no país.
Adriana explicou ainda que, no trimestre e no ano, houve recuperação dos empregos com carteira assinada porém ainda há 5 milhões de pessoas ocupadas a menos do que no período pré-pandemia de 2020.
"Se você olhar do ponto de vista da população ocupada, a gente está em 89 milhões. Bem no início de 2020 estávamos na casa de 94 milhões, ou seja, ainda temos cinco milhões a menos do que no período pré-pandemia. Mas houve um crescimento bastante significativo da população ocupada, que volta a ficar acima dos 50%, mas ainda é bem menor do que o que tínhamos no período pré-pandemia. O crescimento maior no trimestre e no ano foi do emprego com carteira", garantiu a especialista.
O emprego com carteira assinada subiu 3,5%, com mais 1 milhão de pessoas, totalizando 30,6 milhões no trimestre móvel analisado. Na comparação com o mesmo período de 2020, o número aumentou 4,2%. Segundo o IBGE, este é o primeiro aumento no emprego com carteira desde janeiro de 2020, na comparação anual.
Além disso, a pesquisa também indicou que houve aumento nos postos de trabalho informais por causa da expansão do trabalho por conta própria sem Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e do emprego sem carteira no setor privado. O que resultou no cresimento da taxa de informalidade de 39,8% do trimestre móvel anterior para 40,8% no trimestre encerrado em julho.
O número de empregados no setor privado sem carteira cresceu 6% na comparação trimestral, para 10,3 milhões de pessoas. Em um ano, esse contingente subiu 19%.
Veja reportagem do SBT Brasil: