PIB deve crescer 4,8% neste ano e 2% em 2022, diz Ipea
Fundação prevê que Produto Interno Bruto do segundo trimestre se manteve estável
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve apresentar crescimento de 4,8% em 2021 e de 2% em 2022, segundo projeção divulgada nesta 6ª feira (27.ago) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os números foram mantidos em relação à estimativa anterior, realizada, no último mês de junho, na Carta de Conjuntura do Ipea.
Entre os motivos, está previsão de que o PIB do segundo trimestre se manteve estável. A fundação explica ainda que, ao observar os indicadores econômicos, percebe a recuperação do setor de serviços se destacando entre os setores produtivos; o avanço da vacinação contra a covid-19, no segundo semestre deste ano, deve continuar impulsionando o desempenho. Em junho, relembra o Ipea, o setor registrou crescimento -- o 12ª em 13 meses -- de 1,7%, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE). Além disso, estimativa aponta que, em julho, a receita de serviços chegou a um patamar 14,2% superior ao que registram no mesmo período do ano passado.
O Ipea afirma que o crescimento do comércio varejista no segundo trimestre é explicado não só pela melhora na dinâmica epidemiológica do novo coronavírus em maio e junho, mas também pela retomada de programas de transferência de renda, como o auxílio emergencial e o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), acrescenta, as vendas do varejo acumularam alta de 3% no período de abril a junho. No sétimo mês do ano, devem ter recuado 0,4% -- ficando próximo à estabilidade --, segundo estimativa da fundação.
Em relação à indústria, o Ipea destaca que, de acordo com o IBGE, houve recuou de 2,5% no segundo trimestre, mas que estima alta de 1,4% para julho, em relação ao mesmo período do ano passado. As previsões da fundação para o PIB deste ano e de 2022 levam em conta ainda os resultados do agronegócio divulgados nesta 5ª feira (27.ago). Contudo, a entidade pontua também que fatores de risco podem alterar os cenários, como a crise hídrica e a disseminação da variante delta do Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo.
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