Após 40 anos, Panasonic encerra a produção de televisores no Brasil
Em comunicado ao mercado, fabricante japonesa diz que estão previstas 130 demissões até dezembro
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A fabricante japonesa de eletroeletrônicos Panasonic anunciou na quarta-feira (11.ago), que vai encerrar a produção de televisores e de produtos de áudio no Brasil, uma linha que existe na fábrica de Manaus desde 1981. O grupo de funcionários, que são dedicados à produção e engenharia de TVs representa cerca de 5% (130) dos 2,4 mil funcionários da Panasonic no país, serão demitidos.
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Em nota divulgada ao mercado, a Panasonic afirma ainda que acredita no potencial e no mercado brasileiro, e que continuará investindo e fomentando novas linhas e novos produtos.
A fabricante japonesa alega que a unidade de Manaus manterá suas atividades produzindo micro-ondas, produtos automotivos e componentes eletrônicos, áreas também de grande representatividade.
São previstas 130 demissões até dezembro, ou seja, 5% do número total de colaboradores.
Além de Manaus, a marca tem fábrica de Geladeiras e Máquinas de Lavar Roupa em Extrema (MG) e Pilhas em São José dos Campos (SP), além do escritório administrativo em São Paulo (SP).
"Essa decisão criará uma oportunidade para as outras frentes de negócio nas quais a Panasonic continua a crescer. A Panasonic acredita no potencial e no mercado Brasileiro, e continuará investindo e fomentando novas linhas e novos produtos", disse em nota a assessoria de imprensa da empesa ao SBT News.
Canon também interrompeu a fabricação de produtos no Brasil
Fábrica em Manaus era a única operação da Canon fora da Ásia; Operações comerciais continuam no Brasil | Google Street View
A fabricante japonesa de câmeras, acessórios para fotografia e impressão, Canon, decidiu fechar sua fábrica na Zona Franca de Manaus. O anúncio foi feito pela própria empresa e confirmado ao SBT News pela sua assessoria de imprensa. As operações continuam no país.
"Informamos que o fechamento da fábrica não afetará nenhum serviço ou estratégias de vendas da multinacional. É uma decisão tomada pela Canon Japão que respondia pela fábrica", diz a nota oficial.
A unidade fabril foi inaugurada em 2012, em Manaus, como estratégia para ampliar as vendas de câmeras e acessórios em mercados emergentes, sendo que o Brasil era o quarto maior mercado da empresa japonesa -- seguido por Estados Unidos, China e Japão.
Foi a primeira fábrica construída fora da Ásia à época, a Canon investiu R$ 2,78 milhões -- com capital de giro de R$ 5,3 milhões -- em um pátio com 1,4 metros quadrados, gerando 60 empregos diretos.
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Sony também anunciou fechamento de fábrica em 2020
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Em setembro de 2020, após 48 anos, a Sony, uma das maiores empresas de eletrônicos do mundo, anunciou o fechamento da fábrica no Polo Industrial de Manaus para este ano, capital do Amazonas.
A decisão foi tomada após a revisão dos seus negócios no país. Diz o comunicado que "a decisão visa fortalecer a estrutura e a sustentabilidade de seus negócios, para responder às rápidas mudanças no ambiente externo".
A empresa japonesa falou ao SBT News na época que os outros negócios da Sony no país como Games, da linha de consoles e jogos PlayStation, Soluções Profissionais, Music e Pictures Entretenimento vão permanecer normalmente. Os serviços de garantia e suporte técnico também serão mantidos no Brasil.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, lamentou na época. "A gente lamenta a saída da empresa porque isso significa uma menor circulação de recursos na nossa economia e também a perda de empregos". A estrutura foi vendida para a fabricante de eletrônicos Britânia.
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LG anunciou fechamento de fábrica em abril e 700 perderam seus empregos
Em abril, a empresa coreana de eletrônicos LG, também anunciou que finalizaria o parque fabril de smartphones em Taubaté, no interior de São Paulo. 700 pessoas perderam seus empregos. O motivo do fechamento foi devido aos prejuízos acumulados por 23 trimestres consecutivos e perdas operacionais, provocando assim, a produção global de celulares.
"No entanto, com a crescente competitividade global, bem como em razão dos prejuízos acumulados no segmento de smartphones de 23 trimestres consecutivos e perdas operacionais acumuladas, a empresa decidiu encerrar suas atividades de celulares globalmente, o que resultará no encerramento desta produção na unidade de Taubaté/SP.", diz trecho da nota oficial.
No entanto, mesmo com o fechamento da fábrica em SP, a empresa diz que segue investindo em outras unidades no Brasil, principalmente em Manaus, capital do Amazonas.
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*estagiário de Jornalismo sob supervisão