Preço de medicamentos sobe 14,69% no 1º semestre de 2021
Índice da Fipe mostra que alta foi em razão da pandemia e da alta do dólar
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Os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil subiram 14,69% no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador criado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo - empresa de soluções digitais para gestão em saúde.
Segundo o levantamento, essa foi a segunda maior alta desde 2015, superando, inclusive, a inflação oficial registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o semestre com alta de 3,77%.
O cálculo do IPM-H é feito com medicamentos divididos em 13 grupos terapêuticos. Os destaques de aumento foram os medicamentos para o Sistema Nervoso, com aumento de 10,50%; Aparelho digestivo e Metabolismo, com 6,10%; Aparelho Respiratório, 3,13% e Preparados hormonais Sistêmicos, 2,46%. Também compõem a lista das maiores elevações os medicamentos para Aparelho Cardiovascular, 2,13%.
Técnicos da Fipe ressaltam que, dentre as principais altas, estão medicamentos utilizados em casos graves de covid-19, incluindo norepinefrina (terapia cardíaca e suporte vital), fentanil (analgésico), propofol (anestésico), midazolam (hipnótico/sedante/tranquilizante), omeprazol e pantoprazol (antiácidos utilizados no tratamento de dispepsia/úlcera gástrica e outros distúrbios gastrointestinais).
De acordo com o índice, o valor das medicações sofreram aumento devido à alta demanda dos sistemas de saúde por conta da pandemia de covid-19, assim como a alta do dólar.