Mais de 1,2 milhão de vagas temporárias devem ser criadas neste semestre
Segundo associação, trabalho temporário vai gerar mais de 630 mil empregos no terceiro trimestre
Um total de 1.280.000 vagas temporárias devem ser criadas neste semestre, sendo a maior parte nos setores da indústria e de serviços. O dado, divulgado pela Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem),é 20% maior em comparação com o do ano passado.
A retomada econômica ainda é gradual, mas a expectativa é que ela avance junto com a vacinação, o que é positivo tanto para os negócios como para a geração de empregos. Segundo Marco de Abreu, presidente da Asserttem, "neste terceiro trimestre, que compõe julho, agosto e setembro, o trabalho temporário vai gerar mais de 630 mil vagas".
Em uma fábrica de brinquedos para recreação infantil, na capital paulista, por exemplo, o quadro de funcionários deve ter aumentar 30% para atender as encomendas de fim de ano. O responsável pelo local, David Gaspri, explica: "nós terminamos o mês de junho com 69 funcionários, já entraram três funcionários novos em função da demanda que a gente vê crescer a cada dia. E a expectativa é que nos próximos dois meses mais sete funcionários sejam incorporados à folha, chegando, no final do ano, até possivelmente mais dez".
Um dos reforços foi o ajudante geral Cleiton Gonçalves. Depois de cinco meses desempregado, ele votou a fazer planos: "a ideia é ficar aqui, cada vez dar um passo maior, de ajudante para montador e assim chegar a um patamar bom aqui". Quem está de olho em uma posição do comércio, setor que tradicionalmente abre postos temporários no segundo semestre, precisa ter um pouco mais de paciência.
Nas lojas, o volume de contratações deve aumentar somente a partir de setembro. Já o que tem surpreendido os especialistas é o ritmo de aberta de vagas nesta modalidade no setor de serviços. A ampliação do horário de funcionamento das empresas tem impulsionado a busca por profissionais. No restaurante da ajudante de Carla Bertorelli, quatro dos oito funcionários são provisórios. Um dele é o ajudante de cozinha Ed Carlos Fernandes.
"Estou como temporário no momento, e a expectativa é ficar como fixo. Só vai depender da dona, Cala, só", disse o profissional. Carla, por sua vez, pontuou: "o desejo, sem dúvida, é contratar. Quanto maior a demanda, aumenta a contratação e, assim, é positivo para todo mundo.
Veja reportagem do SBT Brasil:
