Ipea prevê queda de PIB para 4,3% neste ano e crescimento de 4% em 2021
Aumento do número de casos de é considerado fator de risco que pode atrapalhar retomada da economia
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A recuperação mais rápida da indústria e do comércio, que alcançou níveis médios de atividade no período pré-pandemia ajudou a melhorar os índices da projeção de crescimento econômico do País neste ano. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, divulgou nesta segunda-feira (21.dez) a análise trimestral da economia brasileira e destacou que a queda do produto interno bruto (PIB) foi revista de 5% para 4,3% neste ano e, em 2021, a previsão de crescimento foi revisada de 3,6% para 4%. No entanto, o aumento do número de casos de covid-19 no país é considerado fator de risco que pode atrapalhar a retomada da economia.
A análise da conjuntura também contou com dados e indicadores da dinâmica do contágio da covid-19 no País. Em novembro, a pandemia teve novo ciclo de aumento de casos confirmados e de mortes, afetando principalmente as regiões Sul e Sudeste. No Sul, o número de casos atingiu os maiores valores desde o início da pandemia e no Sudeste, não é diferente, pois o crescimento dos casos entrou em alta no período de sete dias seguidos.
Segundo a avaliação do Ipea, a economia brasileira observou forte reação na produção e as vendas tiveram reação importante diante da pandemia, no entanto, mostrou uma recuperação desequilibrada entre os setores, com a indústria e o comércio em níveis médios acima do período pré-crise e os serviços ainda abaixo do esperado.
No setor de serviços, estima-se a queda de 4,7% para o PIB de serviços neste ano e crescimento de 3,8% em 2021, impulsionado pela expectativa de imunização em massa da população contra a covid-19.
A União autorizou gastos de 508,38 bilhões de reais no acumulado entre março a dezembro. Destes, R$ 328,7 bilhões foram destinados em assistência social. O relatório orienta que o cumprimento do teto de gastos para 2021 vai exigir grande esforço de articulação para viabilizar as políticas públicas diante da pressão das despesas de custo e investimento.
"A dificuldade de se prever a evolução da pandemia e os desafios do processo de consolidação fiscal são as principais fontes de incertezas para as projeções de crescimento da economia brasileira em 2021", diz o diretor de Estudos e Políticas Macroeconomicas do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior.
A análise da conjuntura também contou com dados e indicadores da dinâmica do contágio da covid-19 no País. Em novembro, a pandemia teve novo ciclo de aumento de casos confirmados e de mortes, afetando principalmente as regiões Sul e Sudeste. No Sul, o número de casos atingiu os maiores valores desde o início da pandemia e no Sudeste, não é diferente, pois o crescimento dos casos entrou em alta no período de sete dias seguidos.
Segundo a avaliação do Ipea, a economia brasileira observou forte reação na produção e as vendas tiveram reação importante diante da pandemia, no entanto, mostrou uma recuperação desequilibrada entre os setores, com a indústria e o comércio em níveis médios acima do período pré-crise e os serviços ainda abaixo do esperado.
Produto Interno Bruto
Na avaliação por componente, o PIB agropecuário teve crescimento projetado de 2,3% para este ano e em 1,5% para o ano de 2021. No componente indústria, o PIB deve apontar para queda de 3,5% neste ano, diante de 5% no próximo ano.No setor de serviços, estima-se a queda de 4,7% para o PIB de serviços neste ano e crescimento de 3,8% em 2021, impulsionado pela expectativa de imunização em massa da população contra a covid-19.
Inflação
O Ipea, por meio do Grupo de Conjuntura, revisou a inflação para cima, passando o aumento de 3,5% para 4,4% neste ano, com expectativa de que os preços dos serviços terminem com alta de 2%. Os preços monitorados devem apresentar alta de 2,5% e os bens livres, com exceção a alimentos, devem ter alta de 2,6%. Já a projeção da inflação para o próximo ano passou de 3,3% para 3,4%.Indústria e serviços em alta
A partir das estimativas para a atividade da economia em novembro, há indicativo de crescimento da produção industrial de 1,8% na série sem efeitos sazonais, enquanto as vendas no comércio e o volume de serviços teriam registrado altas de 1,7% e 2,5% respectivamente.Desequilíbrio fiscal será um desafio
O Ipea apontou também que o desequilíbrio fiscal continua sendo um grande desafio para economia, pois, os gastos gerados para reduzir os efeitos da pandemia do novo coronavírus pode produzir déficie primário da ordem de 12% no PIB neste ano. Com isso, a dívida pública brasileira chegará para mais de 90% do PIB.A União autorizou gastos de 508,38 bilhões de reais no acumulado entre março a dezembro. Destes, R$ 328,7 bilhões foram destinados em assistência social. O relatório orienta que o cumprimento do teto de gastos para 2021 vai exigir grande esforço de articulação para viabilizar as políticas públicas diante da pressão das despesas de custo e investimento.
Restrições no próximo ano podem atrapalhar retomada
O texto também alerta que devido a evolução do novo coronavírus, alguns Estados e cidades poderão ampliar medidas de restrição em algumas atividades economicas e sociais, provocando a desaceleração e prejudicando a retomada de setores importantes, como o de serviços."A dificuldade de se prever a evolução da pandemia e os desafios do processo de consolidação fiscal são as principais fontes de incertezas para as projeções de crescimento da economia brasileira em 2021", diz o diretor de Estudos e Políticas Macroeconomicas do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior.
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