13 milhões de pessoas saem da pobreza com auxílio emergencial
Mais de 20% da população deixou de ganhar apenas metade de um salário mínimo ao receber o benefício
O número de pobres no Brasil, de renda menor que metade de um salário mínimo, caiu 13,1 milhões entre 2019 e julho de 2020. O número representa uma redução de mais de 20%.
"Com a queda de 20,69%, ritmo muito superior ao observado em momentos de 'boom' social no Brasil, como nos períodos seguintes ao lançamento dos planos de estabilização como o Cruzado em 1986 e o Real em 1994", afirma a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O estudo ainda mostrou que as taxas de redução da pobreza no nordeste e norte, regiões que possuem maiores parcelas do público-alvo do benefício, foram superiores às demais, mostrando o impacto da ajuda prorrogada até dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
+ Covid-19: RJ ocupa 2° lugar em mortes por milhão de habitantes no mundo
5,8 milhões de pessoas, por outro lado, deixaram de receber a renda usual de dois salários mínimos. A explicação para os dois opostos seria que a classe mais baixa recebeu o auxílio emergencial do governo e ascendeu, enquanto a classe mais alta foi impactada pela crise econômica.
"A queda populacional simultânea no topo e na base da distribuição se deve a combinação dos efeitos econômicos deletérios da pandemia à adoção de medidas para mitigar os seus efeitos, como a concessão do auxílio emergencial", explica o estudo.