Publicidade
Congresso

Senado aprova castração química para presos por crimes sexuais

Projeto estabelece procedimento voluntário para tratamento hormonal e possibilita a liberdade condicional de presos

Imagem da noticia Senado aprova castração química para presos por crimes sexuais
Na avaliação de senadores, castração química deve ser uma alternativa para presos reincidentes em crimes sexuais | Ake/Rawpixel
Publicidade

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (22), a castração química para presos reincidentes por crimes sexuais. O projeto teve apoio de 17 senadores, com três votos contrários e, até o momento, não precisará ir a plenário, seguindo direto para a Câmara.

+ Deputado pergunta se Haddad quer tocar Beatles e ministro diz que bolsonarismo tem problema com arte

O projeto estabelece a possibilidade do tratamento químico hormonal de forma voluntária em crimes contra a liberdade sexual. A medida é voltada para pessoas condenadas mais de uma vez pelos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude ou estupro vulnerável - em que a vítima é menor de 14 anos.

A mudança hormonal é voltada para conter a libido. Como contrapartida, o preso terá a possibilidade de ir para liberdade condicional quando for comprovado pela equipe médica o resultado do tratamento. Na votação na CCJ, os senadores decidiram que a alternativa será oferecida para condenados que tenham cumprido mais de um terço da pena.

"O tratamento químico hormonal começará ao menos uma semana antes do início do livramento condicional e observará o prazo indicado pela Comissão Técnica de Classificação", diz trecho do documento.

O autor do texto, senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), sustenta que a castração pode impactar positivamente a segurança pública e diminuir a quantidade de crimes: "É uma opção para a diminuição de crimes sexuais, que é altíssima no nosso país".

Como contraponto, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo, indagou o quão eficaz é o procedimento. "Uma pessoa dessas já tem problemas de cabeça. Meu medo: vamos supor que ele aceite fazer, reduza a pena a seja liberado. Ele que não terá mais a possibilidade de fazer o que fazia, vai fazer o quê? Vai bater, vai matar?", indagou.

O texto seguirá diretamente para a Câmara, caso não seja apresentado algum recurso para análise no plenário do Senado.

Publicidade

Assuntos relacionados

Política
Castração química
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade