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Congresso

Sem acordo entre governo e oposição, CPMI do 8/1 define rito final

Relatório da senadora Elizane Gama será lido no dia 17, junto com documento paralelo; oposição quer contrapor tese governista

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 A CPMI do 8 de Janeiro definiu nesta 3ª feira (03.ago) definiu o final dos trabalhos, marcado para o dia 17. Com mais duas sessões pela frente e sem acordo entre os membros das bases governista e de oposição, ninguém mais será convocado para depor nem serão votados novos pedidos de documentos e informações.

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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, deputado Arthur Maia (União-BA), anunciou que no próximo dia 17 será lido e votado o relatório final dos trabalhos, elaborado pela relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

Também ficou acordado que será lido o voto em separado da oposição, espécie de relatório final paralelo, para contrapor o documento oficial. A votação pode ser levada para o dia 18, se houver "pedidos de vistas" para debater os documentos. "O que certamente deverá acontecer", afirmou Maia.

Foi definido também o tempo para leitura dos relatórios: a senadora Eliziane Gama terá tempo livre; o documento da oposição tem que ser lido em 1 hora - 40 minutos, mais 20 minutos de tolerância.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que disse não ser nem governista, nem da oposição, afirmou que vai elaborar um voto em separado, em nome do PSDB. 

Depoimentos

A falta de acordo entre a base de apoio do govenro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - maioria na CPMI - e a base de oposição, alinhada com os defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inviabilizou a convocação das últimas pessoa que seriam ouvidas, entre eles, o ex-ministro general Walter Braga Netto e o ex-comandante da Força Nacional de Segurança José Américo de Sousa Gaia.  

Em sessão tumultuada, nesta 3ª feira (03.out), também foram canceladas as votações dos últimos requerimentos de documentos, como os que pediam os relatórios de inteligência financeira (RIF) do Coaf de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

Na 5ª feira (5.out), o último interrogado da COMI será o subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal Beroaldo José de Freitas Júnior. Convocado pela oposição, ele era da Tropa de Choque da PM e enfrentou golpista no 8/1.

Próximo do fim, a comissão ouviu 20 pessoas. Entre eles: os ex-ministros do GSI generais da reserva Augusto Heleno (do governo Bolsonaro) e Marco Edson Gonçalves Dias (do governo Lula), o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro Mauro Cid, policiais militares do Distrito Federal, o ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, peritos criminais, os condenados pela bomba no aeroporto e o hacker da Lava Jato Walter Delgatti.

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