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Congresso

Deputados preparam para aumentar pressão contra Bolsonaro na CPMI do 8/1

Além de ações da base do governo, colegiado vai ouvir hacker envolvido na Vaza Jato

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jair bolsonaro
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Deputados da base do governo Lula que fazem parte da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro preparam para aumentar a pressão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos próximos dias. Com pedidos protocolados para convocar aliados próximos do político, e até a solicitação para apreender o passaporte dele e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a expectativa é que as investigações da Polícia Federal à suposta venda ilegal de presentes ganhe destaque no colegiado.

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Na última semana, o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) divulgou a solicitação para que o colegiado convoque Mauro Cesar Lourena Cid - pai do tenente-coronel Mauro Cid - e Frederick Wassef, ex-advogado de Bolsonaro. De acordo com investigação da PF, os dois fizeram parte do esquema de venda de itens recebidos em viagens oficiais. Lourena Cid atuou para negociar de itens e buscou formas de entregar US$ 25 mil em espécie a Bolsonaro. Enquanto Wassef teria ido aos Estados Unidos para recomprar um relógio de luxo. Há, ainda, evidências de que diversos presentes foram vendidos e um leilão realizado. 

Além da repercussão dos novos escândalos, parlamentares ainda questionam as pedras preciosas dadas a Bolsonaro durante campanha em Teófilo Otoni, Minas Gerais, em outubro do ano passado. Um pedido apresentado por Jandira, e ainda não votado, é para que a comissão obrigue a apresentação de um Relatório de Inteligência Financeira das contas de Michelle, para quebra de sigilo.

Entre a oposição, a expectativa é ouvir o fotógrafo da Reuters Adriano Machado, que estava no Palácio do Planalto no 8 de janeiro. O depoimento dele vai ocorrer na 3ª feira (15.ago). A ida dele à comissão foi defendida por nove parlamentares, que alegam que Machado seria uma pessoa infiltrada que incentivou os atos. O sindicato dos jornalistas e a empresa em que ele trabalhava afirmam que ele estava a trabalho.

Depoimento de hacker

O hacker Walter Delgatti Neto, que ficou conhecido durante a chamada "Vaza Jato", que divulgou mensagens da Operação Lava Jato, vai depor no colegiado na próxima 5ª (17.ago). A convocação de Delgatti foi aprovada após operação da Polícia Federal que investiga a interferência dele em invasões a sistemas de justiça. Os movimentos vieram com teor antidemocrático e, segundo depoimento prestado por ele, ações foram a pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). 

Defesa de Bolsonaro

Em nota divulgada após o pedido da PF junto ao Supremo, a defesa de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente "jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos", que o político procurou o Tribunal de Contas da União em março para fazer o depósito de bens recebidos e que as contas bancárias de Bolsonaro estão à disposição da Justiça.

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