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Congresso

Presidente da CPI do MST ataca deputada Sâmia Bomfim

"Quer remédio? Hambúrguer?", disse deputado Zucco. Comissão ouve José Rainha, líder sem-terra

Imagem da noticia Presidente da CPI do MST ataca deputada Sâmia Bomfim
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouviu José Rainha, líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). Rainha foi um dos líderes do MST e, no depoimento desta 5ª feira (3.jul), foi categórico ao afirmar que não iria revelar os motivos pelos quais deixou o movimento.

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Mais uma vez, a CPI virou palco para discussões acaloradas entre deputados da esquerda e parlamentares bolsonaristas, que lideram a comissão com o relator, Ricardo Salles (PL), e o presidente, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos).

Um dos momentos de discussão foi quando o relator quis saber qual a relação de Rainha com a deputada Sâmia Bomfim (Psol). Diante dos protestos por causa da pergunta, o presidente da Comissão, deputado Tenente-Coronel Zucco, debochou de Sâmia. "A senhora respeite. A senhora está nervosa, deputada? Quer um remédio ou quer um hambúrguer?", disse o parlamentar.

A deputada Talíria Petrone, também do Psol, partiu em defesa da colega. Zucco se desculpou, mas reclamou de ataques de Sâmia a ele em outros momentos.

Rainha esclareceu que a ex-esposa dele trabalha no gabinete da deputada Sâmia Bonfim e que tem com ela relações fraternas, políticas e diplomáticas.

Sâmia Bomfim comentou o ataque em suas redes:

Líder do FNL

José Rainha foi chamado para falar das acusações de extorsão de donos de propriedades rurais no Pontal do Paranapanema, no oeste de São Paulo. Ele chegou a ser preso em março por isso e foi solto em junho. No depoimento, ele afirmou que "sempre as minhas prisões foram pela causa da reforma agrária". 

rainha
Líder da Frente Nacional de Lutas, José Rainha Júnior | Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Uma das principais indagações dos parlamentares a José Rainha foi o fato de ele e o movimento que lidera não terem registros e cadastros de pessoas jurídicas. A deputada Carla Zambelli (PL) afirmou que a prática poderia apontar "lavagem de dinheiro". 

Rainha não respondeu sobre o faturamento da FNL, e disse que grande parte do movimento funciona por solidariedade. 

A convocação de Rainha à CPI partiu de um requerimento sugerido por três deputados da oposição: Kim Kataguiri (União-SP), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES).

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